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Mobi e o youtuber: a história do menino que viveu intensamente até os 11 anos

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Mobi e o youtuber: a história do menino que viveu intensamente até os 11 anos

Neste sábado, o lançamento de um DVD comove Cuiabá. A família de Mobarak Motaz, o Mobi, lança um documentário que exalta a serenidade e sabedoria do menino de 11 anos que morreu vítima de um câncer em 2016. Momentos emocionantes de sua batalha e personagens importantes que o apoiaram em vida aparecem no vídeo.

Um acontecimento, em especial, marcou os momentos finais de Mobi – daqueles que fazem a diferença na vida de qualquer menino de sua idade. Ainda em tratamento, Mobi teve a oportunidade de conhecer o ídolo, Rezende Evil.

O youtuber especialista em Minecraft faz um relato especial sobre esse encontro no documentário, que será exibido às 19 horas na lanchonete e restaurante Mobi Halal, situada na avenida General Mello. DVDs serão comercializados no local – e a renda será revertida para hospitais dedicados a pacientes com câncer. Os pais de Mobarak, Motaz Obaid e Limia Ali, receberão amigos e familiares com um jantar árabe.

A irmã, Lina, conta que Mobi e Rezende Evil se conheceram em São Paulo, à ocasião do lançamento de um dos livros do gamer. Mobi se sentiu motivado a fazer o seu canal também, mas, por conta do tratamento, apenas cinco vídeos foram publicados no canal “Monaruto Gamer”.

“Ele tinha muitos outros vídeos, mas não teve tempo de editá-los e colocá-los no YouTube”, conta. Lina se emociona ao relembrar a trajetória do irmão. “Mobi tinha muita consciência do quanto seria difícil, mas estava sempre alegre. Ele tinha muita esperança, mas muita aceitação. Na ala infantil do Instituto do Tratamento do Câncer, em São Paulo, recebia visitas constantes, brincava com os médicos, pregava peças com uma baratinha de borracha que ele tinha e abusava do cuiabanês”, relembra. “Ele era paulistano, mas amava muito Cuiabá. Pediu para ser sepultado na cidade”. O jazigo está no cemitério islâmico.

Rezende Evil comenta sobre Mobi no documentário

“O Rezende ele conheceu quando estava no hospital. Uma amiga do youtuber que era voluntária lá contou sobre o Mobi. Rezende gravou um vídeo direcionado para o meu irmão mas, na sequência, o perdeu porque seu celular apresentou defeito. Ele inclusive conta essa história no documentário. A primeira vez que se viram pessoalmente foi no lançamento do livro de Rezende”.

Assim como o youtuber, Mobi havia escrito um livro. Era autobiográfico e trazia histórias do seu cotidiano, de sua convivência com os amigos do hospital e os amigos que havia deixado em Cuiabá. A primeira tiragem foi pequena: 300 exemplares, que ele doou a outros pacientes do instituto.

“Esse documentário representa a alma do Mobi. Vai ser especial porque as pessoas que nos ouvem falar dele vão ver como ele era maduro, mesmo sendo uma criança ainda. E o DVD não só vai imortalizar a sua figura, como vai ajudar quem está vivo, na mesma batalha”. Em breve, nova tiragem do livro de Mobi será feita e incluída ao DVD.

Lina, que é jornalista formada em Cuiabá e trabalha no negócio familiar muito frequentado pela comunidade árabe, conta que atuou na direção do documentário feito em colaboração com um amigo da família. A propósito, Aroldo Maciel, um dos colunistas do LIVRE.

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