O roubo a uma agência do Banco do Brasil localizada na avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá, ocorrido neste final de semana, tem gerado controvérsias e dado o que falar. O crime, segundo informações da Polícia Civil, pode ter sido executado durante dois longos dias, mas ninguém percebeu a movimentação, nem mesmo os vizinhos. No local, o assunto é um mistério.
O LIVRE esteve no entorno da agência para ouvir os vizinhos a respeito do ocorrido. O segurança de uma das empresa disse à reportagem que o banco sempre foi visado por bandidos, mas que nunca houve, de fato, um roubo dessa magnitude no local. “Nessa agência nunca teve nada, mas já tentaram várias vezes. Sempre tem gente rondando. Eu mesmo liguei várias vezes para a polícia”, comentou.
O segurança acredita que o prédio abandonado, localizado ao lado da agência, possa ter facilitado o trabalhos dos bandidos, que, segundo uma hipótese da Polícia Civil, podem ter começado a cometer o crime na sexta-feira (29). “Esse prédio tem essa grade de ferro, que sempre esteve fechada. Daí essa semana tinha gente abrindo, e agora, depois do roubo, está fechada de novo?”, questionou.
No prédio ao lado da agência, que possui diversos comércios no térreo, ninguém sabe como o caso aconteceu. Vendedores afirmam que não perceberam uma movimentação estranha no sábado, quando todas as lojas funcionaram pela manhã.
Em um dos estabelecimentos, uma das comerciantes chegou a dizer que sequer sabia sobre o assalto. No entanto, eles formulam possibilidades, mas não confirmam que houvessem pessoas acessando a parte superior do edifício.
Uma fonte do LIVRE, que esteve acompanhando a movimentação no domingo, informou que policiais tentaram entrar no prédio ao lado, em busca de um acesso para o banco. Segundo os comerciantes informaram nesta segunda-feira, o local está abandonado há anos e não é possível encontrar o proprietário. Por lá, identificamos janelas quebradas e um aparelho de ar-condicionado split destruído.
Já a população demonstrou surpresa com o ocorrido. Enquanto estivemos por lá, diversas pessoas entravam e saiam da agência, que se encontra fechada e com caixas eletrônicos inoperantes. Os clientes alegaram não terem conhecimento sobre o roubo.
Dentro, uma funcionária relatou que na agência tudo estaria “destruído”, com muita coisa quebrada. Para ela, que chegou nesta segunda-feira para trabalhar normalmente, a informação que passaram foi de que os criminosos teriam entrado pela parte de cima do prédio, roubado o cofre e alguns caixas. Ela não soube estimar o valor levado.
Apesar dos comentários sobre o caso, que já é conhecido como “La Casa de Papel cuiabana”, em alusão a uma série de assalto ao Banco Central da Espanha, a Polícia Civil informou que isso não passa de especulação.
O caso é investigado pelo delegado Diogo Santana, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Imagens de segurança do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e de prédios da vizinhança já estão sendo analisadas e deverão auxiliar na resolução do crime. A polícia também não confirmou valores do roubo.
