O alto índice de queimadas e a polêmica em relação a cidades brasileiras cobertas por fumaça trouxeram a Mato Grosso o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Nesta quarta-feira (21), ele cumpriu agenda no interior e na Capital, sobrevoando cidades do Nortão e da Baixada Cuiabana. Ele queria fazer “uma vistoria das consequências do fogo”.
Em coletiva de imprensa, o ministro afirmou que em Mato Grosso mais de 70% das queimadas acontecem em áreas urbanas.
Segundo ele, os focos são registrados onde há concentração de lixo. Explicou que, por isso, há maior concentração de fumaça nas cidades.
Mato Grosso é o estado líder em queimadas entre os nove que fazem parte da Amazônia Legal, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Comparativo dos oito primeiros meses deste ano, com o mesmo período do ano passado, aponta aumento de 87% nos focos de calor. Os dados foram divulgados pela Folha de São Paulo.
Para o presidente Jair Bolsonaro (PSL), algumas queimadas poderiam ser intencionais, colocadas para desgastá-lo politicamente, já que o Brasil perdeu recursos da Alemanha e Noruega. Em Cuiabá, o ministro do Meio Ambiente não comentou sobre a declaração do presidente.
Ao lado do governador Mauro Mendes (DEM) e da secretária de Meio Ambiente Lauren Lazzaretti, ele tornou a falar sobre incêndios intencionais. “Aqui na cidade, claramente, é fogo colocado, proposital”, disse.
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