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Meu caso com exercícios é bienal

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Meu caso com exercícios é bienal

Admiro quem é apaixonado por esportes, madruga para malhar, nunca se rende à preguiça antes de se exercitar.

A vida inteira procurei um esporte que fizesse eu me apaixonar e liberar a tal da endorfina de que tanto falam os entendidos no assunto. Na verdade, procurava qualquer atividade física que me convencesse a vencer a preguiça.

Tentei natação, spinning, corrida. Nada me segurou mais do que duas estações. Aliás, eu tenho uma teoria: meu caso com esportes é bienal.

A cada dois anos é certo: me rendo a alguma atividade.

Algumas ocasiões me vêm à mente.

Fiz um cruzeiro há alguns anos e estava com a mania de spinning. Não deu outra: em vez de me entregar à comilança do navio, lá estava eu todos os dias de manhã olhando para o mar enquanto me equilibrava e suava em cima de uma bicicleta.

Não sei se rendeu o esforço, mas não engordei um grama. Para quem fica num regime de engorda durante sete dias, não ter aumentado o número do manequim foi uma grande conquista.

Aí teve meu momento de achar que seria o Usain Bolton de saia. Comprei todo o aparato para correr. Tênis nos pés, suposta determinação na cabeça, fui me inscrevendo em todas as corridas que via pela frente. Minha decepção com meu desempenho pífio foi tanta que após duas abandonei meu sonho de correr pelo Brasil.

Da minha fase maratonista, só restaram algumas medalhas de participação e meu arrependimento por não ter me encantado pelo esporte que dizem melhorar não só o corpo, mas a cabeça também.

Tive também a fase da natação. Por alguns meses, acordava com inspiração e a certeza de que me tornaria a versão feminina do Michael Phelps. Como toda vez que fui tomada pelo espírito esportivo, também consegui uma boa história. A maior delas foi ter perdido meio dia em Nova York em busca de um pé de pato para melhorar meu desempenho. O apetrecho não melhorou em nada minha velocidade e eu fiquei com um longo arrependimento por ter perdido tempo numa das cidades de que mais gosto e quase nunca visito.

Da natação, nem medalha tenho. Mas o pé de pato está lá, no meu quarto, como prova do que sou capaz quando entro na fase atleta.

Há quase dois anos estou calma, sem encontrar uma modalidade para entrar de cabeça. Como diz um amigo, eu deveria pensar em organizar a bienal do esporte. Será que isso me impulsionaria?

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