Profissionais da educação estadual decidiram por manter a greve, mesmo com o corte de pontos promovido pelo governo de Mato Grosso, já na folha salarial de maio. O anúncio ocorreu após a assembleia geral da categoria, realizada na tarde desta segunda-feira (10).
Os profissionais entraram em greve no dia 27 de maio, tendo como pauta principal a reposição salarial. Em relação as reivindicações do movimento grevista, o Estado afirmou não ter condição para conceder o reajuste de 7,69%, já que estourou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública de Mato Grosso (Sintep), o corte de pontos não afetou a mobilização dos trabalhadores, que teve adesão de 70% dos profissionais de todo o estado. Somente em Cuiabá, 90% dos profissionais cruzaram os braços.
“A avaliação é que o Governo encaminhou um documento que não atende aos anseios da categoria. O documento não avança e a greve segue por tempo indeterminado, até que o Governo apresente um documento que efetivamente avance nos pontos questionados. Que o governo assuma um compromisso”, disse o presidente do Sintep, Valdeir Pereira.
Para ele, o que o governo faz cortando o ponto é tentar “apagar fogo jogando gasolina”. “Não é com opressão que o governo vai conseguir algo”, disse.
A partir desta terça-feira (11), o presidente afirmou que a categoria irá para a porta da Assembleia Legislativa. “Ela não poderá ficar fora dessa processo que é cobrar o cumprimento da Constituição do Estado, uma lei aprovada naquela Casa de Leis”, disse.