Mesmo com a greve dos servidores da educação aprovada para ter início nesta segunda (1), o prefeito Cuiabá, Emanuel Pinheiro, continua tentando diálogo com os funcionários da área para impedir o. movimento. A leitura é que o sistema educacional entraria temporariamente em colapso com a paralisação das aulas para 55 mil crianças da rede pública.
“Compreendemos os anseios dos servidores da Educação e continuamos prontos para o diálogo, tendo sempre em mente as responsabilidades que temos com a população e as limitações fiscais dos gestores”, disse o gestor.
Pinheiro encaminhou uma nova proposta para os grevistas, mais próxima da reinvindicação da classe. Segundo o documento encaminhado ao Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), além do percentual já aplicado, de 3,53% relativo ao RGA, o executivo se dispõe a dar mais 2,5% de ganho real, a ser aplicado a toda a categoria.
Para o secretário de Educação, Alex Vieira Passos, a Prefeitura está no limite da responsabilidade fiscal para evitar a paralisação, o que dificultaria para o município elevar ainda mais a proposta.
“Com essa nova contraproposta, totalizando um reajuste acumulado com o RGA já aplicado de 6.03%, acreditamos estar atendendo os anseios dos trabalhadores da Educação, com responsabilidade orçamentária e fiscal”, afirma Passos.
Há cerca de dois meses, os professores da rede municipal cobram uma pauta de reivindicações feitas ao executivo municipal. Entre as demandas estão um ganho real (descontada a inflação) de 7,5% no salário, reajuste no pagamento da hora atividade, realização de concursos públicos, entre outros pontos.
Na semana passada, mesmo com a greve aprovada, Pinheiro determinou à sua equipe que continuasse buscando negociação.