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“Mercado se faz na cotovelada e na botina”, diz Maggi

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“Mercado se faz na cotovelada e na botina”, diz Maggi

Ednilson Aguiar/O Livre

Colheita de milho

Banco do Brasil é o principal financiador do agronegócio brasileiro

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou na tarde desta terça-feira que o Brasil precisa abrir novos mercados para exportar seus produtos agrícolas. Na visão do ministro, esse processo já está em curso e depende de uma atitude proativa tanto do governo quanto dos empresários. 

“O mercado não se faz dando beijinho e dando abraços, o mercado se faz dando cotovelada e na botina”, afirmou. “Mas, tudo dentro das regras”, prosseguiu. A declaração foi dada durante evento promovido pelo Banco do Brasil para anunciar a liberação de recursos para a safra 2017/18

O ministro falou ainda das dificuldades em desburocratizar o setor. Segundo ele, até o momento foram tomadas mais de 800 medidas por meio de decretos, portarias e leis para destravar o agronegócio. As dificuldades estão em vencer as barreiras presentes no setor. “O corporativismo é muito forte, pessoas se agarram em seus carimbos, em suas cadeiras e não querem abrir mão porque acham que são necessários”, disse.

Para Maggi, uma melhora do setor terá efeito positivo na vida de toda a população. “Eu acho que é sempre obrigação e dever do governo facilitar a vida das pessoas”, pontuou.

Na ocasião, o Banco do Brasil anunciou a destinação de R$ 103 bilhões para o financiamento do Plano Safra 2017/2018. Desse total, R$ 91,5 bilhões serão destinados para o crédito rural aos produtores e cooperativas. Outros R$ 11,5 bilhões vão para as empresas da cadeia do agronegócio. O montante corresponde a 55% dos R$ 188 bilhões anunciados pelo governo federal em junho.

O banco é o principal financiador do agronegócio brasileiro. Dos recursos disponibilizados para os para produtores e cooperativas, R$ 72,1 bilhões serão direcionados para operações de custeio e comercialização, e R$ 19,4 bilhões para créditos de investimento agropecuário.

Para o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, o agronegócio foi determinante para a melhoria dos indicadores econômicos, entre eles, a inflação. Segundo ele, esse cenário é fruto da combinação de crédito e tecnologia mas, acima de tudo, da eficiência dos produtores rurais brasileiros.

Juros mais baixos
Conforme mostrou o LIVRE, os juros para as contratações dos financiamentos também foram reduzidos para o próximo ciclo. A instituição financeira aplicou uma redução de 1 ponto percentual para as linhas custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial. Com isso, o teto máximo dos juros cobrados no programa caiu de 9,5% ao ano para 8,5% ao ano.

 

 

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