Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) defendeu nesta segunda-feira (23), em Nova Iorque, que o mundo atue de forma mais objetiva na proteção das florestas tropicais, a exemplo da região amazônica.
Em apresentação na Rainforest Alliance, Mendes destacou a importância das parcerias entre governos, sociedade civil e empresas para o desenvolvimento sustentável. Também cobrou, entretanto, mais comprometimento com as compensações financeiras.
Segundo o governador, Mato Grosso possui hoje um milhão de toneladas de crédito de carbono para ser comercializado com o mundo. E, apesar da parceria com o programa REM, apenas 2% do que é reduzido em desmatamento é financeiramente compensado.
“Nos últimos 10 anos, aquilo que nós recebemos pelos ativos ambientais que nós temos é muito aquém do esforço que nós estamos fazendo. E, acima de tudo, muito aquém do que ainda podemos fazer, recuperando muitas áreas que, no passado, foram devastadas”, destacou.
Na oportunidade, Mauro Mendes sustentou ainda que mesmo em áreas onde é permitido o desmatamento, há proprietários de terras dispostos a preservar a vegetação, desde que sejam compensados por isso.
Hoje, segundo o governador, 63% da extensão territorial de Mato Grosso está preservada.
“No discurso existem muitas pessoas falando sobre isso no mundo inteiro”, criticou. “Estamos, em Mato Grosso, fazendo aquilo que muitos estão cobrando e muitas regiões do planeta não estão fazendo”, acrescentou.
Preservação
Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontam que Mato Grosso é o Estado brasileiro que mais se destaca por sua produção sustentável e que preserva o meio ambiente.
Os números analisados foram do Sistema do Cadastro Ambiental Rural (Sicar) de 2018 referentes as áreas destinadas à preservação nas propriedades. Eles somaram 68,9 milhões de hectares, o que representa 76,4% da área estadual.
Desse total, ainda segundo a pesquisa, mais de 35,4 milhões de hectares são áreas preservadas dentro das propriedades rurais, o que representa um percentual de 39,2% do total do território de Mato Grosso.
O estudo mostrou também que áreas protegidas em terras indígenas e unidades de conservação somam 17 milhões de hectares e representam 18,9% do que está preservado.
Isso significa dizer que a área preservada nas propriedades rurais é 108,2% maior que nas unidades de conservação e terras indígenas somadas.
(Com Assessoria)