O pré-candidato ao governo pelo DEM, Mauro Mendes, acusou o governador Pedro Taques (PSDB) de tentar se apropriar indevidamente da obra do novo Pronto-Socorro de Cuiabá para obter ganhos eleitorais. A declaração do ex-prefeito se dá após Taques afirmar que as obras da unidade hospitalar só iniciaram em 2015, quando o governo fez um repasse de R$ 50 milhões.
Questionado por Taques sobre o motivo de ter demorado dar início à obra prometida durante campanha de 2012, o pré-candidato afirmou que batalhas jurídicas atrapalharam os trabalhos.
“Durante os primeiros meses de gestão trabalhamos para viabilizar o local e escolhemos uma área da prefeitura ao lado do Centro de Eventos do Pantanal. Depois enfrentamos uma longa batalha jurídica para regularizar a área e nos livrar de pessoas que também reclamavam sua titularidade. Vencida esta etapa, contratamos a elaboração do projeto, sondagem e demais estudos, para em 2014 finalmente licitar a obra”, explicou Mendes.
O postulante pelo DEM reforçou que a razão de o Estado ter assumido compromisso de R$ 50 milhões e o município com R$ 30 milhões é o fato de a maior demanda no Pronto-Socorro de Cuiabá ser de pacientes do interior. “A obra já poderia estar concluída se não fossem os constantes atrasos no repasse do governo”, avaliou Mendes.
Mauro também disse que o governador precisa explicar por que os R$ 82 milhões destinados pela bancada federal ainda não foram aplicados na aquisição de equipamentos para o hospital.
“Ao invés de focar na pequenez de tentar se apropriar indevidamente da obra para ganhos eleitorais, o governador precisa explicar à população porque ainda não repassou os R$ 18 milhões ainda faltantes dos R$ 50 milhões que tanto se vangloria de ter contribuído ao hospital”, disse.
Taques, por sua vez, como noticiado nesta segunda-feira (24), afirmou que o dinheiro foi utilizado para pagar as contas com os hospitais regionais, além do fato de que não compraria equipamentos antes de o Pronto-Socorro estar pronto.
De acordo com o governador, há cerca de 20 dias foi assinado um termo com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) que regulamenta a compra dos equipamentos.
Mauro Mendes, confiante de que a população o torne governador, no entanto, fez questão de afirmar que tem a convicção de que a conclusão da obra e a aquisição dos equipamentos do hospital ficarão sob sua responsabilidade.