Mato Grosso

Mauro Mendes, sobre Previdência: “Esse problema vai explodir com o país”

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Mauro Mendes, sobre Previdência: “Esse problema vai explodir com o país”
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Defensor da Reforma da Previdência proposta pelo Governo Jair Bolsonaro (PSL), o governador de Mato Grosso Mauro Mendes (DEM) acredita que, sem ela, haverá um novo colapso na economia do país e o Brasil irá mergulhar na pior crise de toda sua história.

“Não quero nem estou sendo profeta do apocalipse, mas todos nós precisamos compreender que o Brasil precisa ter coragem de tomar decisões importantes, ou vamos pagar um preço muito caro num curto espaço de tempo. Não existe mágica, não adianta nós brasileiros acharmos que esse problema não vai explodir com esse país, ouçam o que estou dizendo”, disparou o governador.

Mauro ressaltou, contudo, que o mérito da reforma tem que ser debatido no Congresso Nacional. “Não vou entrar nos detalhes dessa reforma, porque isso tem que ser debatido no Congresso e no Governo Federal. Mas eu, como cidadão, como governador que estou, tenho que compreender a importância que isso tem. São quase R$ 300 bilhões de déficit na Previdência este ano, nos próximos dez anos a metade dos servidores públicos desse país vai se aposentar, isso precisa ser discutido”.

Os pontos mais polêmicos da reforma proposta pelo Governo Bolsonaro, que têm provocado a mobilização de movimentos contrários liderados por centrais sindicais, dizem respeito à idade mínima para aposentadoria, de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres, bem como o aumento do tempo mínimo de contribuição, de 15 para 20 anos.

CPI do MT Prev

Em Mato Grosso, a Assembleia Legislativa instalou a “CPI da Previdência”, que tem por objetivo analisar a contabilidade da Previdência Social do Estado, a fim de esclarecer, com precisão, as receitas e despesas dos aposentados e pensionistas, bem como a real situação financeira do sistema.

Embora não tenha criticado a criação da comissão, o secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, ressaltou que o diagnóstico o Governo do Estado já tem, que espera que a CPI contribua para evidenciar os caminhos que devem ser percorridos pelo Estado para solucionar o problema.

“Em 2009 não havia déficit, tudo que se arrecadava dos servidores era suficiente para pagar as aposentadorias e pensões. No ano passado já foram gastos R$ 1,1 bilhão em impostos para pagar aposentadorias, e o dinheiro das receitas previdenciárias já não é suficiente. Isso é algo muito sério, que tem que ser tratado com muita transparência, muita técnica. Espero que a CPI contribua nesse debate, para encontrar as soluções; o diagnóstico a gente tem”, declarou.

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