Eleições 2018

Mauro Mendes diz que gestão de Taques está “dragando” Mato Grosso para baixo

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Mauro Mendes diz que gestão de Taques está “dragando” Mato Grosso para baixo
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O candidato ao governo pelo DEM, o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes, criticou a gestão do adversário Pedro Taques (PSDB) e o tratamento dado aos fornecedores no atual governo, durante o encontro dos candidatos 2018 realizado no Cenarium Rural nesta segunda-feira (3). Segundo Mauro, o acúmulo de dívidas diminui a qualidade dos serviços prestados.

“Temos uma espiral negativa, que está dragando a todos nós para baixo. Porque um Estado que paga mal, compra mal. Um Estado que não paga em dia, não tem serviço de qualidade”, disparou.

“O déficit é de quase R$ 4 bilhões em contas vencidas. Acho que não existe hoje nenhum fornecedor que receba em dia, conforme o contrato. Isso precariza a prestação do serviço, desestimula e encarece. Sabendo que o Estado é mau pagador, aqueles que arriscam a vender certamente têm custo maior, o que acaba complicando ainda mais o caixa do Estado”, analisou.

Para uma plateia de empresários e produtores rurais, ele prometeu “mudar muita coisa na Secretaria de Fazenda”. Mendes defendeu a reforma administrativa e o enxugamento da máquina pública. “Não adianta falar em reforma tributária sem antes fazer uma reforma administrativa, como é que vamos receber menos impostos se não diminuir a despesa?”, questionou. “É preciso administrar com mão de ferro para tirar Mato Grosso dessa dura realidade”, disse.

Também falou de sua gestão na Prefeitura de Cuiabá. “Reduzimos a fórceps a máquina pública. Os secretários me encontravam e queriam aumentar a máquina. Eles até podiam ter razão, mas não havia dinheiro. Não dava. Então a crise veio e a prefeitura estava preparada”, afirmou.

Mauro prometeu ampliar as concessões e parcerias público-privadas (PPP), tanto nos moldes convencionais como no “caipira”, ou seja, em parceria com produtores da região. “O maior preço não é pedágio, é carga perdida nas estradas precarizadas”, disse.

Ele atacou também, indiretamente, o candidato à reeleição. “Já fui síndico sim, porque gosto de contribuir. A crítica pela crítica não contribui”, disparou, numa referência às declarações do tucano, que ironizou a comemoração do DEM pela liderança nas pesquisas de intenção de voto.

Mauro destacou a responsabilidade do eleitor na escolha dos representantes, citando a disputa eleitoral de 2010. Naquele ano, ele foi derrotado na corrida ao Palácio Paiaguás por Silval Barbosa, réu confesso de crimes de corrupção.

Falta de gestão

Candidato ao Senado pela coligação “Pra mudar Mato Grosso”, Jayme Campos (DEM) falou sobre sua trajetória e ressaltou que não vive de política. “Tenho muitas habilidades empresariais”.

Ele destacou que as riquezas do Estado estão se exaurindo por falta de competência e de gestão. “Precisamos de uma nova reforma tributária no Brasil, repactuar valores repassados para órgãos desse Estado, como a Assembleia Legislativa. A educação vai de mal a pior, a infraestrutura está precária”.

Jayme afirmou que é preciso ter segurança jurídica e defendeu a redução do Estado. “Quem vai pagar a conta? Não adianta Fethab 1, 2, 3, 4. Não vai sustentar o peso da máquina administrativa”, disse, citando a taxa paga pelos produtores no Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).

O ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), também candidato a senador pela coligação, discorreu sobre seu mandato como vice de Pedro Taques. Ele disse que, antes de renunciar, cumpriu a função de forma assídua e buscou a modernização do Estado.

“Me indignei diversas vezes. Tentei desburocratizar. Parece que o Estado não entende o dia a dia no campo, que não tem dia nem hora. Esse trabalho me motivou a continuar na vida pública. Não dá para brincar, ter Estado rico e não ter gestão, colocar a culpa na crise”.

Fávaro também falou sobre a Lei Kandir, e disse que é preciso uma compensação mais digna para os produtores. Ele  assegurou que irá lutar pelas reformas tributárias, políticas e previdenciária.

Debate da Famato

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) realiza, nesta segunda-feira (3), um encontro com os candidatos ao governo e ao Senado das três maiores coligações na disputa eleitoral em Mato Grosso. A primeira coligação a debater foi a aliança encabeçada por Mauro Mendes (DEM). Na sequência, será a chapa de Wellington Fagundes (PR) e depois a de Pedro Taques (PSDB).

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