Os problemas na Saúde em Mato Grosso são reconhecidos pelo governador e pré-candidato à reeleição, Pedro Taques (PSDB), e voltaram a ser alvos de críticas, nesta quinta-feira (26), do ex-prefeito de Cuiabá e pré-candidato ao Governo pelo DEM, Mauro Mendes. Para o democrata, a “desorganização da atual gestão” é a principal causa para o “caos” na saúde estadual.
Mauro Mendes ainda criticou o governador alegando que, apesar de haver recursos federais disponíveis, obras estão paradas. Entre os apontamentos feitos por Mendes, em entrevista à Rádio Jovem Pan, está a construção do Hospital Universitário na estrada de Santo Antônio de Leverger.
De acordo com o adversário de Taques, o governo federal repassou R$ 90 milhões para a construção da unidade hospitalar. “Está depositado em conta e, se quiser, eu mostro o extrato da conta, pois esse dado é público. Essa obra está há praticamente quatro anos sem que se assente um tijolo nela”, criticou.
O pré-candidato pelo DEM ainda ressaltou que com o funcionamento do Hospital Universitário a população contaria com mais de 200 leitos de UTI, além de proporcionar qualidade aos profissionais e estudantes de medicina.
Relacionado ao fato de desorganização, Mendes chegou a citar o atual secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, que recentemente teve o pedido de afastamento do cargo pelo Ministério Público Estadual (MPE) por improbidade administrativa.
Falta de ações em relação ao VLT é criticada por Mendes
O pré-candidato Mauro Mendes também repreendeu, de acordo com ele, a falta de ações do atual Governo do Estado para dar andamento às obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deveria ter ficado pronto para a Copa do Mundo de 2014.
O Democrata ironizou o fato de o governador Pedro Taques alegar que o contrato com a concessionária era o maior escândalo de corrupção de Mato Grosso e mesmo assim ficou negociando por mais de dois anos com a empreiteira para retomar a obra.
“Se ele, governador, já sabia disso, por que ficou negociando? Passa um tempo e diz: vamos retomar a obra, passa um pouco e diz: vamos retomar a obra com o consórcio. Em um mês, Wilson Santos [deputado estadual e ex-secretário estadual de Cidades] anunciou isso umas duas ou três vezes”.
Mendes ainda criticou o governo alegando que sempre havia uma desculpa para não dar continuidade à implantação do VLT. “Agora é culpa da Operação Descarrilho. Ah, gente, como é culpa da operação? Foi só nesse dia que se descobriu que tinha corrupção? A gente vai para um processo eleitoral novamente e nesse tempo, nenhum centímetro o VLT andou. Nada foi feito efetivamente, mas solução de anúncio teve um monte”, ironizou.
O pré-candidato também disse que, se for eleito governador, em um ano daria uma solução para o modal. De acordo com ele, não se refere a entregar o VLT, mas apresentar caminhos. “A solução passa por sentar com seriedade e estudar, debater com sociedade, Ministério Público, Legislativo e dar uma solução. O que não pode é deixar ficar parado”.