O governador Mauro Mendes (União Brasil) disse que irá pedir votos para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). No encontro com prefeitos de Mato Grosso nessa quarta-feira (3), em Brasília, Mendes disse que manterá o acordo firmado em março com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto.
“Tenho certeza de que grande parte dos mato-grossenses já fez a sua opção. O senhor pode ter certeza que honraremos este compromisso, e estaremos, durante as próximas semanas, defendendo aquilo que eu e grande parte da população de Mato Grosso acreditamos”, afirmou.
Para uma plateia de 140 prefeitos que já declarou apoio à sua candidatura, Mauro usou um tom conciliatório no discurso que fez durante o evento. Ele tentou apaziguar, por exemplo, a turbulência no governo federal em torno da administração da crise da pandemia, envolvendo a gravidade da nova, remédios e vacina, e o funcionamento da economia desde 2020.
O governador afirmou que “últimos quatro anos não podem ser comparados” ao período anterior (referência aos governos desde 2002). O mundo teria enfrentado “a pior crise da humanidade” nos anos recentes, o que tornaria “injusta” a comparação.
“O início do ano 2000, o planeta vivenciou a maior janela de oportunidade de crescimento. Tudo parecia fácil, tudo o que se fazia dava certo. Comparar com esse Brasil de agora, tenho certeza que o resultado seria muito pior e provavelmente muito pior”, afirmou Mendes.
As notícias que chegaram a Bolsonaro nas últimas semanas sobre a aliança dele com Mauro Mendes foram de desgaste. Foi cogitado um fracasso de campanha por causa da indefinição do União Brasil na escolha de candidato ao Senado e a criação de um novo grupo político, encabeçado por “apoiador raiz” do presidente.
Ponto mais sensível, foi a crítica do governador Mauro Mendes à posição de Bolsonaro sobre transparência das eleições. Mauro questionou as falas de Bolsonaro sobre problemas nas urnas e disse que não irá defender todos os seus pontos de vista.