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Mauro Mendes aguarda recuperação das empresas para definir candidatura

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Mauro Mendes aguarda recuperação das empresas para definir candidatura

O empresário Mauro Mendes (DEM) afirmou que aguarda a recuperação financeira das suas empresas para definir se será ou não candidato a governador nas eleições deste ano. O grupo Bipar está em recuperação judicial desde 2015, quando ele estava no terceiro ano do mandato como prefeito de Cuiabá. Apesar de diversos aliados estarem em compasso de espera, aguardando a definição da candidatura dele, o ex-prefeito afirmou que nunca pediu isso ao grupo político.

“Eu tenho alguns problemas na empresa e tenho que resolvê-los. Se eu conseguir, poderei me colocar à disposição”, disse Mendes em entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta sexta-feira (4). “Se eu não conseguir em tempo, eu disse que libero [o partido] para seguirem o caminho que quiserem. Mas não pedi a ninguém que ficasse aguardando, esperando”, afirmou.

“Eu não estou umbilicalmente ligado a ninguém e ninguém está umbilicalmente ligado a mim. As pessoas têm a liberdade para tomar suas decisões. Eu nunca pedi a nenhum partido ou nenhuma pessoa que me esperasse. Eles querem uma definição, e eu disse que gostaria de contribuir. Gostaria até de ser candidato”, disse.

Mendes disse que o fato de ter se afastado dos negócios prejudicou o grupo empresarial e, por isso, ele ainda não definiu se está pronto para se afastar de novo. “Minhas empresas deram lucro por mais de 25 anos. Saí de lá, fui ajudar Cuiabá, e lamentavelmente ela entrou em dificuldades. Voltei para lá e estamos recuperando”, afirmou. “Não sei se vai dar tempo de concluir isso para que eu possa me afastar novamente, como eu fiz lá trás, e não ter problemas”, disse.

Bate-rebate

O ex-aliado do governador Pedro Taques (PSDB) rebateu as insinuações do governador sobre sua capacidade de gestão e disse que as empresas só entraram em crise quando ele se afastou para ser prefeito da capital. “Vamos pegar o balanço de 2012 da Prefeitura de Cuiabá e ver como entreguei em 2016”, disse. “Vamos ver como ele recebeu o Estado em 2014 e o balanço de 2017, ver o que tem lá de restos a pagar, dívidas vencidas. E não adianta falar em crise, não. O Brasil está crescendo de novo. A arrecadação de Mato Grosso cresceu”, citou.

Mendes reafirmou sua posição contra a reeleição de Taques, exposta na carta dos dissidentes. Ele disse que não vê problemas no fato de a cúpula do DEM estar dividida sobre essa questão e respeita a opinião dos que querem seguir com o governo. “Se alguém tem uma posição diferente, pode fazer uma carta, assinar embaixo e elencar os motivos porque apoia a reeleição do governador. Isso é democracia”, disse.

Vice-governador

O ex-prefeito admitiu a possibilidade de ser candidato a vice-governador numa chapa eventualmente encabeçada pelo ex-prefeito de Lucas do Rio Verde Otaviano Pivetta (PDT), invertendo a chapa que ambos formaram em 2010.

“Posso sim, não tenho problema nenhum. Já fui vice de muitos lugares. Eu gosto de contribuir. Não teria problema nenhum em apoiar um projeto encabeçado por Otaviano ou outra pessoa. Em Mato Grosso, há dezenas ou centenas de pessoas com capacidade igual ou melhor que a minha para administrar este Estado. Mas essas pessoas têm que estar dentro da política”, declarou.

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