Mato Grosso

Mauro Mendes acusa OSS de desviar dinheiro de hospitais regionais

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Mauro Mendes acusa OSS de desviar dinheiro de hospitais regionais
Foto: Felipe Dero

“A OSS que geria os hospitais regionais de Sinop e Rondonópolis desviou dinheiro público”. A afirmação foi feita pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), durante visita à feira agropecuária Norte Show, em Sinop (500 Km de Cuiabá), nesta terça-feira (16).

Mendes fez a acusação após destacar que, em menos de dois meses de intervenção administrativa nos hospitais, o governo já registrou economia. “No segundo mês após a intervenção, os recursos que nós aplicamos caíram em R$ 2,5 milhões. Tivemos uma grande economia, então, podemos constatar que houve desvios, sim”, afirmou.

Quando questionado sobre não ter conseguido resolver os problemas das duas unidades de saúde, Mendes respondeu dizendo: “é obvio que não iremos resolver em alguns três meses. Se fosse tão simples assim, outras gestões já teriam feito”.

O governador voltou a argumentar que os problemas de Mato Grosso se arrastam há anos, vêm de gestões passadas. Cobrou ainda que o momento seja de união para tirar o Estado do “buraco em que o meteram”.

Investimento

O governador ainda se pronunciou sobre a superlotação das unidades básicas de saúde. Segundo ele, é preciso fazer investimentos para melhorar a situação. “A saúde pública, lamentavelmente, é o setor da administração em pior condição. Existe uma superlotação nas unidades municipais, mas gestão não é milagre, não se faz da noite para o dia”, ponderou.

Para finalizar, Mauro Mendes lembrou que sua promessa de campanha foi resolver os problemas da saúde “em quatro anos e não em três meses”.

“Isso demanda muito trabalho, mudanças profundas e no setor público. Não é fácil fazer isso. Essa história que a saúde pública está um caos, já ouvimos há décadas. Esse é um trabalho a médio e longo prazo. Em quatro anos, farei a saúde pública funcionar da maneira correta”, concluiu.

Intervenção administrativa

Até o início do governo Mauro Mendes, os hospitais regionais de Sinop e Rondonópolis eram administrados pela Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Gerir. Uma das primeiras ações do governador, ainda em janeiro, foi anunciar intervenção.

A retomada das gestões dos dois hospitais foi baseada em critérios como a avaliação do contrato com a OSS. Na época, Mendes apontou uma série de “inexecuções indevidas” no acordo firmado entre o Estado e o Instituto.

Ainda segundo o governador, a empresa havia descumprido o contrato em diversos pontos e realizado uma série de atividades e inatividades que não estavam previstas.

O outro lado

Sobre as acusações de desvio de dinheiro público, a assessoria do Instituto Gerir declarou que o governador agiu de maneira “leviana” com o intuito de não pagar a dívida que possui com a OSS.

Confira a nota na íntegra: 

O Instituto Gerir esclarece que o governador do estado de Mato Grosso age de maneira leviana com o claro intuito de não pagar a dívida que possui com a organização social. Além disso, espera-se que um gestor público possa comprovar suas afirmações sob pena de estar cometendo crime de prevaricação. Reiteramos que, por ser uma organização social, o Gerir não tem proprietário, conforme determina a Lei. Por fim, todos os contratos de gestão com os Hospitais de Rondonópolis e Sinop foram fiscalizados, auditados e não foi encontrada nenhuma irregularidade.

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