Judiciário

Mauro, Emanuel e Blairo evitam críticas a governador citado em delação premiada

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Mauro, Emanuel e Blairo evitam críticas a governador citado em delação premiada
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Autoridades políticas mato-grossenses que já foram citadas ou acusadas em delações premiadas preferem não tecer críticas ao governador Pedro Taques (PSDB), que teve o nome citado na delação do empresário Alan Malouf, por suposto esquema de caixa 2 em sua campanha de 2014.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), destaca que o governador e outros citados terão a oportunidade de se defenderem dentro do processo legal. Ele ainda ressalta que a delação precisa ser acompanhada de provas.

“Cada denunciado vai poder provar se está ou não está envolvido. A delação, por si só, ela não condena ninguém”, avaliou. Emanuel ainda pontua que a delação não é boa para o universo político, econômico e social de uma unidade federativa. “Tudo deve ser esclarecido da melhor forma possível e isso a sociedade merece”, completou.

Mauro Mendes (DEM), recém-eleito governador do Estado, não quis polemizar. Disse que o atual governador terá o direito de se defender, como todo cidadão.

“Não cabe a mim, neste momento, ficar fazendo pré-julgamentos ou exercendo o papel do Ministério Público ou do Judiciário”. O governador eleito ainda frisou que a ele, na atual circunstância, cabe somente cuidar da transição de governo.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), também foi evasivo ao avaliar o fato de Pedro Taques ter sido citado na delação que apura suposto esquema de caixa 2. O progressista enfatizou que ele próprio já foi vítima de delação.

“Acho isso tudo muito preocupante, porque na medida em que o tempo passa, as coisas vão sendo colocadas de forma diferente. Aqueles que ali foram colocados para dentro deverão fazer suas defesas. Mas o mais importante, cabe ao acusador o ônus da prova”.

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As declarações do ministro, do governador eleito e do prefeito de Cuiabá ocorreram nesta segunda-feira (22), durante vistoria nas obras do novo Pronto-Socorro de Cuiabá. A vistoria, inclusive, contou com a presença do ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun.

Delação de Malouf

O sigilo da delação foi retirado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 19 de outubro e revelou, ao longo de 20 anexos, diversos esquemas que teriam alimentado caixa 2 na campanha de Pedro Taques em 2014. O atual tucano, à época, disputou o cargo e foi eleito pelo PDT.

Malouf foi preso sete meses depois da operação Rêmora ser deflagrada. A operação desmantelou um esquema de fraudes em licitações de obras de escolas em Mato Grosso, montado na gestão de Permínio Pinto (PSDB) como secretário de Estado de Educação (Seduc), no primeiro ano do governo Taques.

A delação de Malouf foi além e trouxe conexões com a Operação Sodoma, que investiga diversas fraudes ocorridas na gestão anterior, do ex-governador Silval Barbosa (ex-MDB).

 

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