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Mauro Carvalho: Governo quer adiamento de eleição para poder economizar

Na manhã dessa quarta-feira, Mauro Mendes pediu ao TRE que transfira a eleição suplementar para outubro

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Mauro Carvalho: Governo quer adiamento de eleição para poder economizar
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

O pedido feito pelo governador Mauro Mendes (DEM) ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para suspender a eleição suplementar marcada para abril deste ano e realiza-la junto com as eleições municipais de outubro, causou desconforto no meio político.

Aliados do próprio Governo, como é o caso do pré-candidato ao Senado, Júlio Campos  – que é do mesmo partido do governador –, diz ter sido pego de surpresa pela iniciativa do governador.

Para tentar contornar o imbróglio, o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (4), e justificou que a maior preocupação do Governo é a economicidade, e não agradar A, B ou C – fazendo referência aos aliados que devem concorrer à eleição suplementar marcada para 26 de abril.

Carvalho enfatizou que o pedido feito pelo governador é apenas administrativo, e que cabe ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidir se vai atender ou não.

“O motivo que levou o Governo do Estado a tomar essa decisão foi a economicidade; todos sabem das dificuldades financeiras em que recebemos essa gestão no começo de 2019, e essa gestão vai continuar nos quatro anos do Governo Mauro Mendes”.

O secretário afirma que não é porque a situação financeira da administração do Estado se encontra “um pouquinho melhor” do que no ano passado, que não se vai economizar “cada centavo”.

“Nós não achamos que a sociedade está disposta a fazer um investimento alto numa eleição agora em abril, sendo que vamos ter outra eleição em outubro”.

Sem preocupação com os aliados

Carvalho afirma que não conversou com Mauro Mendes sobre o possível descontentamento dos aliados que se colocaram como pré-candidatos ao Senado.

“O Governo do Estado está preocupado com toda a sociedade mato-grossense; o governador foi eleito por toda a sociedade, e por isso, deve essa satisfação. Nós não estamos aqui para se preocupar com A, B ou C”.

Além de Júlio Campos, também fazem parte do arco de aliança de Mauro Mendes o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), que já manifestou que será candidato, e o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), também pré-candidato.

Gastos do Estado

Entre as questões levantadas pelo governador junto à Justiça Eleitoral para transferir a eleição suplementar para outubro está o nível de gasto que o Estado terá.

Na petição, Mauro afirma que só com segurança o valor ultrapassará R$ 400 mil. Para Carvalho, a conta é ainda maior.

“Temos as diárias de todos os policiais, viagens, deslocamentos e a segurança do ambiente de votação que é de responsabilidade do Governo do Estado. Esse custo não faz parte do orçamento do TSE. E esse custo é muito alto. Esse foi o fator preponderante para o governo ter tomado essa decisão”.

Quanto ao coronavírus, que também foi alegado como justificativa para se evitar a eleição suplementar, Carvalho afirma que o governo fez apenas um alerta, diante da situação que tem preocupado todo o mundo.

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