A expectativa de vida dos mato-grossenses caiu 1,5 ano com a pandemia. A queda na estimativa de quantos anos se viverá é apontada como um dos efeitos da letalidade da crise do novo coronavírus.
Os dados são da pesquisa Redução na expectativa de vida no Brasil em 2020 após a Covid-19 realizada pelo Departamento de Saúde Global e População da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, com participação do Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O estudo teve como foco a observação do impacto da pandemia no momento do nascimento e entre idosos acima dos 65 anos, considerados entre os grupos com maior fragilidade para o contágio e desenvolvimento do modo severo da doença.
O resultado aponta que nos últimos 20 anos houve estimativa que se vivesse, em média, até aos 78 anos de idade em Mato Grosso. Esse era o tempo estimado até 2020. Num cenário com a pandemia, a estimativa caiu para 76,5 anos.
Os números seguem de perto a média brasileira. Em 2020, o país havia ganhado cerca de 6,94 anos em expectativa de vida ao nascer. Uma pessoa que nasceu em 2019 tinha expectativa de viver quase sete anos a mais do que quem nasceu no final dos anos 90.
A alta mortalidade ocasionada pela pandemia fez com que a expectativa de vida ao nascer diminuísse 28%, fazendo com que o país retornasse aos níveis observados em 2013.
Entre os estados, o Amazonas foi o mais prejudicado. O ganho de 5,51 anos na expectativa de vida ao nascer conquistado nos últimos 20 anos foi perdido em 60% devido aos efeitos da covid-19.