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Mato Grosso pode faturar bilhões no mercado do carbono

Governo estima que as condições atuais podem gerar créditos de US$ 500 milhões, metade do Orçamento de Cuiabá

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Mato Grosso pode faturar bilhões no mercado do carbono
Foto: Gabriel R. Faria/Embrapa

O mercado de carbono pode ser lucrativo para Mato Grosso. Número divulgado pelo governo do Estado mostra que a compensação pela redução na emissão de gases poluentes pode chegar a US$ 500 milhões ao ano. 

Na cotação atual do dólar em real, Mato Grosso faturaria cerca de R$ 2,7 bilhões ao ano, cerca de 10% do Orçamento de 2022, ou mais da metade do Orçamento estimado para Cuiabá, também no próximo ano. 

A compensação da emissão de carbono foi um dos principais temas nas reuniões dos países ricos e com grande reserva ambiental na COP-26, em Glasgow, na Escócia. O “reembolso” a produtores e governos foi debatido como contrapartida ao que não será produzido, como medida para alcançar neutralização da emissão. 

O problema que poucos países e empresas privadas, interessados no assunto, estão dispostos entrar no mercado. Mato Grosso voltou da COP-26 com pré-acordos de US$ 30 milhões com o banco alemão KFW e o governo da Inglaterra. 

A negociação foi iniciada com base em números da redução da emissão de carbono em 1 bilhão de metros cúbicos entre 2020 e 2021. 

“É importante que reuniões com investidores internacionais aconteçam para que a gente possa criar esse mercado que ainda não funciona no Brasil. Isso vai nos ajudar a construir todos esses mecanismos para que no futuro bem próximo, possamos captar recursos internacionais com venda de créditos de carbono”, explica o secretário executivo de Meio Ambiente, Alex Marega.  

Conforme o governo, Mato Grosso tem capacidade de transformar parte da pujança do agronegócio em crédito no mercado de carbono. A condição de política ambiental em execução e o lado econômico dos resultados, ainda travado, pode colocar Mato Grosso como pioneiro no ramo.  

Já existem empresas interessadas na estruturação de cadeias de comércio de crédito de carbono, para futuramente poderem ter a opção de comprar esses créditos, como um bônus proveniente de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). 

O grupo suíço Mercuria Energy & commodity, que atua no ramo de energia no mundo todo, estaria na lista. A empresa conheceu a política ambiental do Estado e mostrou interesse em iniciar tratativas para se tornar investidora.

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