Cidades

Mato Grosso pode estar comprando testes chineses rejeitados por europeus

Testes que já apresentaram problema na Espanha e no Reino Unido podem estar atendendo demandas de países africanos e latino-americanos

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Mato Grosso pode estar comprando testes chineses rejeitados por europeus
(Divulgação)

Cidades brasileiras podem estar comprando produtos de devolução da China para iniciar a testagem em massa para a covid-19. Os testes rápidos fornecidos pelos chineses estão rejeitados por países da Europa e da América. 

Conforme o diretor operacional da empresa norte-americana Med Gear, com sede na Coreia do Sul, João Paulo Correa Ramos, a baixa eficácia dos testes no diagnóstico da infecção fez a Espanha e os Estados Unidos devolveram lotes do produto. 

“Os testes rápidos da China têm até 76% de erro no diagnóstico da covid-19. Eles comercializam produto de testes sorológico, que coleta IgG e IgM, por isso a margem grande de erro”, afirma. 

Segundo ele, os testes começaram a ser devolvidos pelas autoridades norte-americana e europeia em saúde após a percepção de que o teste via IgM estavam resultando no falso negativo para a covid-19. 

Mercados latino e africano 

O problema com produto nacional, levou a China buscar alternativas em outros países asiáticos, incluindo a Coreia do Sul, fabricante do RT-PCR, considerado o teste padrão ouro no diagnóstico do contágio pelo novo coronavírus. 

Contudo, países da América Latina e da África passaram a ser os destinos dos testes rápidos chineses. E agora as autoridades brasileiras em saúde começaram a perceber a necessidade de testagem em massa, o refuto chinês pode estar entrando no país. 

“Só hoje, as cidades de Paulina e Piracicaba anunciaram que vão começar a testagem em massa com produtos comprados da China. E eles parecem não saber o problema que o produto já enfrentou. A própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já autorizou um teste rápido chinês e depois proibiu, por causa da baixa eficácia”, comentou João Paulo Ramos. 

Conforme a Agência Bloomberg, em abril a Espanha adquiriu 600 mil testes rápidos da China e todos apresentaram defeitos. Um prejuízo maior sofreu o Reino Unido que comprou 2 milhões desses testes com problema. 

No Brasil, conforme a agência, também houve casos em que os produtos chineses falharam. 

Na sexta-feira (19), o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, informou que o governo está em negociação de 300 mil testes rápidos com a China.

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