As aulas presenciais na rede estadual não têm data de retorno em Mato Grosso e a previsão mais curta aponta para um cenário favorável a partir do fim de setembro.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) diz que aguarda a avaliação de autoridades em saúde para começar a discutir e, no momento, não possui estimativa de quando será possível programar a liberação de alunos nas escolas.
A mesma indefinição ocorre na comissão especial instalada na Assembleia Legislativa para discutir o calendário. Quando foi aberta, há pouco mais de dois meses, a previsão é que o quadro da pandemia permitisse o retorno em agosto e agora foi empurrada para o fim de setembro.
“Acho que não dá para falar em retorno das aulas até o fim do inverno, no dia 21 de setembro. É uma impossibilidade não só pelas situações da pandemia no Estado, mas também pelo psicológico das famílias não se sentem seguras em mandar os filhos para a escola”, disse o deputado Lúdio Cabral (PT), membro da comissão.
Médico sanitarista, o parlamentar tem atuado na orientação das discussões do grupo com o acompanhamento da pandemia. Ele diz que Mato Grosso está hoje num platô elevado, iniciado no dia 11 de julho.
Segundo ele, de 11 a 25 do mês passado houve média 1.050 casos diários em Mato Grosso de novos casos. Depois do dia 26, essa taxa subiu para 1.450. A estimativa é que haja um novo pico esta semana, quando completa 14 dias da retomada das atividades econômicas.
Estudos apontam que o momento seguro para a volta das aulas seria quando a taxa de contágio ficar abaixo de 1 pessoa a cada grupo de 100 mil pessoas. Em Mato Grosso, conforme pesquisa da Universidade Federal Mato Grosso (UFMT), haverá registros em momentos diferentes desse fenômeno.