Ednilson Aguiar/O Livre
Palácio Paiaguás: Estado de Mato Grosso piorou em solidez fiscal, inovação e potencial de mercado
Mato Grosso caiu duas posições no ranking de competitividade dos estados brasileiros, produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), em 2017. Enquanto no ano passado o estado ocupava a 10ª posição, neste ano recuou para a 12ª.
De acordo com o índice, lançado na manhã desta quarta-feira (20/9) e antecipado com exclusividade em todo o estado de Mato Grosso para O Livre, a queda foi resultado da piora em três quesitos analisados: solidez fiscal, inovação e potencial de mercado.
O ranking é composto por 10 pilares temáticos, que são: infraestrutura, educação, solidez fiscal, capital humano, sustentabilidade ambiental, segurança pública, sustentabilidade social, potencial de mercado, inovação e eficiência da máquina pública. Esta é a sexta edição do ranking, que é feito em parceria com a Economist Inteligence Unit (EIU), que pertence ao mesmo grupo que edita a revista britânica The Economist.
Os estados que lideram o ranking neste ano são: São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Distrito Federal. Na outra ponta, estão, na ordem decrescente: Alagoas, Maranhão, Amapá e Sergipe.
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“O resultado permite ao gestor público identificar as necessidades e elencar as prioridades do seu estado”, destaca trecho do estudo. “Ao setor privado, permite uma análise das possibilidades de investimento em cada estado”, prossegue.
Os estados vizinhos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, ocupam a 5ª e a 13ª posições, respectivamente.
Motivos
O potencial de mercado do estado teve a queda mais acentuada em todos os quesitos analisados pelo CLP. Foram sete pontos a menos que em 2016, em função da redução na taxa de crescimento de riquezas (PIB), quando comparado aos anos anteriores. Além disso, houve uma queda na projeção de aumento na força de trabalho.
Outro destaque negativo foi o recuo de dois pontos na solidez fiscal de Mato Grosso. O resultado primário, que é a diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta, menos os juros da dívida, teve uma queda de cinco pontos. Já o resultado nominal, que inclui os juros, teve queda igual.
O governo vem tentando aprovar na Assembleia Legislativa um projeto que institui o teto de gastos com a proposta de combater os problemas fiscais que começam a ganhar corpo no estado. O debate, no entanto, ainda não foi concluído.
O quesito inovação também registrou queda de dois pontos.
Avanços
Três áreas da administração do estado tiveram melhora na sua avaliação: infraestrutura, educação e eficiência da máquina pública.
A avaliação da infraestrutura evoluiu sete pontos, com destaque para qualidade da energia elétrica e mobilidade urbana.
Já a educação teve evolução de três pontos, onde sobressaíram a melhora na frequência escolar e na avaliação do ensino. Por último, a eficiência da máquina pública também registrou alta de dois pontos, resultado de melhora no custo e eficiência do Judiciário.
Os outros quesitos analisados, sustentabilidade ambiental, sustentabilidade social, segurança pública e capital humano, ficaram estagnados.