O secretário de Estado de Educação Marco Marrafon (PPS) rebateu nesta sexta-feira (16) as críticas à Gestão Pedro Taques feitas pelo ex-governador Júlio Campos (DEM). Ontem, em entrevista ao LIVRE, Júlio disse que seu partido pode apoiar vários candidatos ao governo, desde que não seja Pedro Taques. “Se ele não conseguiu agregar os companheiros de 2014, é sinal que aconteceu alguma coisa. O governo deve ter deixado muito a desejar”, afirmou.
De acordo com Marrafon, Júlio Campos representa o “velho jeito de fazer política” e tenta manipular a opinião pública com discursos que não se traduzem em políticas efetivas para a população.
“Só mesmo a ‘velha política’ para achar que o povo tem memória curta e que pode ser facilmente manipulado por pessoas que ainda acreditam que ser bom em amarrações partidárias é a mesma coisa que fazer política pública de forma responsável”, disse Marrafon, que é presidente estadual do PPS e deve deixar o governo nos próximos dias para concorrer à Câmara Federal, nas eleições de outubro.
“Se é para falar de gestão, vamos lembrar como foi o desempenho de Campos como governador de Mato Grosso em 1983”, cutucou Marrafon, para lembrar de um período marcado por greves e manifestações.
“Naquela época não tinha mídias sociais, mas o povo foi para as ruas e espalhou panfletos por toda cidade para protestar os seis meses de salários atrasados. E quando os professores fizeram três meses de greve, o ex-governador Júlio Campos deu uma entrevista na televisão, e revoltado, respondeu aos professores com um gesto polêmico, dando ‘banana’ para eles, e ainda disse uma frase que ficou na história da política mato-grossense: ‘a mesma caneta que nomeia, demite’”.
Segundo Marrafon, Júlio Campos acabou cumprindo a ameaça à risca, demitindo todos os servidores que estavam apoiando a manifestação.
“Se a intenção era criticar o governo que ele ajudou a eleger, na verdade, nos corredores de algumas secretarias do estado, a situação está é fazendo muita gente refletir”, completou o secretário.
De acordo com Marrafon, por mais que os servidores de Mato Grosso sejam críticos com o atual chefe do Executivo por causa do embate do RGA, Taques acabou honrando todos os aumentos concedidos aos funcionários públicos. Em três anos da atual gestão, os servidores da Educação receberam 44% de aumento salarial.
