Política

Manuela D’Ávila defende candidatura de Lula e projeta aliança no 2º turno

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Manuela D’Ávila defende candidatura de Lula e projeta aliança no 2º turno
Deputada Manuela d'Ávila (Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

A pré-candidata a presidente Manuela D’Ávila (PC do B) defendeu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também seja candidato, ainda que os dois sejam adversários nas urnas. Em entrevista coletiva depois de um debate sobre feminicídio na Assembleia Legislativa, em Cuiabá, a deputada disse que projeta uma aliança com o PT no segundo turno.

“Compreendemos que a defesa do direito de Lula concorrer não é uma tarefa dos petistas. É um desafio de todos aqueles que defendem a democracia”, disse Manuela. “Essa judicialização mira hoje no Lula, mas mirará em qualquer um que queira apresentar um programa alternativo para o Brasil que não seja o da austeridade fiscal dos grandes bancos”, afirmou.

“É por isso que nós defendemos o direito de Lula concorrer. Porque não se trata de defender a Lula apenas individualmente, embora isso já fosse justo. Se trata de defender o direito que nenhum brasileiro possa ser condenado sem provas. Isso é resultado do estado democrático de direito”, completou.

Apesar da defesa, a comunista não admitiu recuar para apoiar uma eventual candidatura de Lula. Ela disse que há uma “unidade programática” da esquerda, discutida entre PC do B, PT, PDT e PSOL, para criar programas de governo que tenha pontos em comum para as eleições de 2018. “Estaremos juntos no segundo turno. A nossa luta é o que nos une”, afirmou.

Golpes

Manuela classificou o ativismo judicial como o quarto de uma sequência de fatos encadeados, os quais chamou de golpes, que se seguiram ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), entre eles, a aprovação de propostas e medidas no governo do sucessor da petista, Michel Temer (PMDB). A pré-candidata afirmou que existem “pessoas próximas do presidente Temer que já falam de nós não termos eleição”.

“Houve um impeachment sem crime de responsabilidade. Nós chamamos de golpe porque é o que foi. A segunda ameaça à democracia é porque o programa defendido por Dilma, que foi vitorioso nas últimas eleições, foi rasgado por Temer e sua quadrilha. O terceiro golpe é a retirada total dos direitos do povo, com medidas que não foram submetidas ao voto popular. Agora temos essa nova etapa da judicialização e do ativismo judicial. Juízes e promotores que ficam no Twitter como se fossem jornalistas, opinando sobre ações que ainda não foram julgadas, inclusive contra o que orienta o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)”, analisou.

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