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Malouf é condenado a 11 anos de prisão por esquema na Seduc

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Malouf é condenado a 11 anos de prisão por esquema na Seduc

Ednilson Aguiar/O Livre

Alan Malouf

Alan Malouf: empresário foi considerado, pela juíza Selma Arruda como um dos “líderes da organização criminosa”

Alan Malouf foi condenado a 11 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção passiva. A sentença é da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, segundo quem o empresário foi um dos líderes da organização criminosa que teria desviado recursos públicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

Além de Malouf, a juíza condenou a três anos e meio de prisão o engenheiro Edézio Ferreira da Silva, por corrupção passiva. No caso de Edézio, a pena será cumprida em regime aberto. Ambos terão o direito de recorrer em liberdade.

Os dois são os primeiros condenados da Operação Rêmora, que teve a primeira fase deflagrada em maio de 2016 para investigar um suposto esquema de cobrança de propina a empresários que tinham contrato de obras com a Seduc. Os valores seriam exigidos para liberação dos pagamentos a que eles teriam direito.

Tanto Alan Malouf, quanto Edézio Silva, foram alvos da 3ª fase da operação, deflagrada com base em depoimentos prestados pelo empresário Giovani Guizardi em acordo de delação premiada.

Guizardi é apontado como um dos responsáveis por cobrar a propina dos empreiteiros que tinham contratos com a Seduc. Já Malouf teria ajudado a arquitetar o esquema para reaver cerca de R$ 10 milhões doados por ele à campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014. Edézio, por sua vez, teria colaborado cedendo a sede de sua empresa para a realização das reuniões em que os empresários eram cooptados para o suposto esquema.

Na sentença, a juíza Selma afirmou que Malouf e Edézio agiram por ganância e que tinham conhecimento dos crimes que estavam cometendo, portanto, concluiu terem agido com dolo [quando há intenção] “direto e intenso”.

No caso de Malouf, a juíza escreveu ainda se tratar de “pessoa extremamente gananciosa e [que] relativiza seus escrúpulos quando se trata de enriquecer”. “Foi um dos líderes do esquema criminoso e demonstrou sagacidade, ao permanecer oculto e obscuro inclusive em face de outros membros da organização criminosa”, completou.

Além de Malouf e Edézio, outras 24 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual em outras ações oriundas das três fases da operação Rêmora. Entre elas, está o ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto.

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