Mais um agente penitenciário foi alvo de ataques em Cuiabá. Desta vez a casa do servidor, no Bairro Grande Terceiro, foi alvejada com três tiros. Ele estava de plantão no momento do crime, mas sua esposa estava em casa.
Este é o quinto ataque a agentes penitenciários, todos aconteceram de formas bem parecidas: tiros são disparados nos portões das casas. Até o momento, em nenhum dos casos houve feridos.
No ataque desse domingo (01), conforme o boletim de ocorrência, era 01:30 quando a esposa do agente viu um veículo sedan antigo, que ela não soube informar o modelo, de cor verde, parar em frente à casa e atirar três vezes.
O agente foi até a residência de viatura e comunicou a Polícia Militar, para que fossem realizadas rondas afim de encontrar o suspeito. Os tiros não chegaram a atingir a casa.
O último caso de ataques aconteceu na sexta-feira (30), no Bairro Carumbé. Dois homens passaram a pé e atiraram contra a casa. O agente também não estava na residência no momento do crime e foi avisado por vizinhos.
Antes disso, no dia 22 de março, a casa de um agente do SOE (Setor de Operações Especializadas), foi alvejada. Na manhã do dia 23 de março, a sede do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen) também foi alvo de um atentado. E no dia 25 de março, a casa de outro agente, no Bairro CPA III, foi atingida por 12 tiros.
Os ataques tiveram início depois de áudios, supostamente do Comando Vermelho, circularem na internet ameaçando “fuzilar” agentes da GIR (Grupo de Intervenção Rápida) e da SOE (Setor de Operações Especializadas).
As ameaças eram uma “resposta” à morte do detento Jesuíno Candido da Cruz Junior, 27 anos, dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) em um motim no dia 20.
Depois disso, mais de 200 presos já foram transferidos da PCE, o que não foi bem aceito pelas famílias. Além disso os detentos reclamam do tratamento do novo diretor da penitenciária, Revétrio Francisco da Costa.
Nesse domingo (01), a penitenciária passou por uma nova revista, em que foram encontrados celulares, carregadores, drogas e “chuços” (facas artesanais).
