Quase 63% dos brasileiros quer o adiamento das eleições municipais deste ano. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta terça-feira (12).
Conforme o levantamento, os entrevistados apoiam a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de autoria do senador Wellington Fagundes (PL), que sugere unir as eleições municipais com as gerais, em 2022.
A pesquisa foi realizada pelo entre 7 e 10 de maio, em 494 municípios de 25 Estados.
Dentre os entrevistados, só 30,4% defenderam que as eleições sejam mantidas em outubro deste ano, independentemente dos impactos da pandemia de covid-19. O restante (7,1%) não soube ou não quis opinar.
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Wellington Fagundes apresentou a PEC motivado pela crise do novo coronavírus. E com o Brasil se aproximando das 12 mil mortes, o senador acredita já ser “inevitável” que as eleições sejam adiadas.
Ele reconhece que a aceitação à proposta por parte da população possa ter relação com a pandemia, mas também acredita que reduzir o número de eleições no país – já que todos os cargos seriam escolhidos em um único pleito – seja de interesse da maior parte dos brasileiros.
Ainda conforme o senador, a exemplo das ruas, também já existe maioria no Congresso Nacional a favor do adiamento.
Justiça Eleitoral
Em meados de abril, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou um pedido apresentado pelo senador Major Olímpio (PSL/SP) para adiar as eleições de outubro. Na época, a ministra Rosa Weber disse que uma decisão nesse sentido extrapolaria os limites da Justiça Eleitoral.
No início de maio, no entanto, o ministro Luís Roberto Barroso – próximo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) – reconheceu a possibilidade de uma mudança no cronograma, dada a situação de pandemia no país.
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A PEC de Wellington Fagundes ainda não tem data para ser apreciada no Congresso. O senador acredita, todavia, que isso deve ocorrer ainda nas primeiras semanas do segundo semestre do ano, em conjunto pela Câmara Federal e Senado.
(Com Assessoria)