Em Mato Grosso, das 47 unidades de conservação (UC), apenas 27 estão completamente regularizadas. Do restante, oito já estão em processo de regularização, entre eles, o Parque da Serra Azul. Outros 12 ainda precisam passar pelos trâmites, que se esbarram, principalmente, na questão fundiária.
Os dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), foram divulgados pelo jornal A Gazeta, deste domingo (26). Conforme a avaliação de ambientalistas, os problemas trazidos por essa situação implicam na prática de invasões das terras e na degradação ambiental das áreas.
O professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e mestre em Meio Ambiente, Romildo Gonçalves, avalia que a falta de uma gestão mais eficiente é percebida a partir do momento em que áreas se tornam muito vulneráveis. Um exemplo disso, é a reserva extrativista Guariba Roosevelt, que fica entre Colniza e Aripuanã.
O local é protegido, mas sofre com as constantes invasões, tanto que já foi palco de inúmeras operações policiais. O processo de regularização passa pela desapropriação e pagamento pela respectiva área, ou aquisição e compensação ambiental.
Além da degradação ambiental e ocupação irregular das terras, outro problema que esse tipo de situação traz é aumento da violência no campo, por conta das disputas territoriais. O apontamento é feito por Edilene Fernandes Amaral, consultora jurídica e de articulação do Observa-MT.
A Sema informa que trabalha para regularizar as áreas. O trabalho, inclusive, é realizado em parceria com diversos órgãos para discutir a compensação para regulamentar as cotas de reservas legais e o resultado deve ser apresentado em breve.
