Um buraco gigantesco detectado na camada de ozônio situado no Ártico foi descoberto por cientistas em março. O maior já registrado na região, também desapareceu rapidamente.
A camada de ozônio serve como barreira para os raios ultravioletas, provenientes do Sol, que podem gerar graves problemas de saúde, como o câncer de pele. Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), o fenômeno não está ligado a qualquer tipo de atividade humana e tampouco às restrições impostas pelo coronavírus.
Outro fato curioso é que o buraco não surgiu por causa da poluição. A causa e também sua solução está ligada a um vórtice polar de ar frio que teve sua força reduzida e permitiu que o buraco se fechasse.
A ESA relatou que um evento dessas proporções é raro no Polo Norte, porque a região não tem as condições de temperatura adequadas, em torno de 80º C negativos.
O Polo Norte é mais quente que o Polo Sul pois se encontra no nível do mar, e o oceano funciona como um reservatório de calor. Enquanto isso, o Polo Sul está 2.800 metros acima do nível do mar, e portanto, é bem mais gelado.
O vórtice é um fenômeno anual no Polo Sul e ocorre durante o outono (de março a junho). Lá, o buraco na camada de ozônio pode atingir 25 milhões de quilômetros quadrados e durar os três meses que percorrem a estação.
Felizmente, a cada ano, o buraco surge ainda menor. No acompanhamento de uma década, já foi observado uma diminuição de 1% a 3%, dizem os pesquisadores.