Eleições

Maggi critica proposta de Bolsonaro de fundir ministérios da Agricultura e Meio Ambiente

2 minutos de leitura
Maggi critica proposta de Bolsonaro de fundir ministérios da Agricultura e Meio Ambiente
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), criticou a proposta do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) de fundir a Pasta com o Ministério do Meio Ambiente. Ele considerou as atividades dos dois ministérios divergentes e até mesmo antagônicas, impossibilitando serem tocadas por um único gestor.

“Acho bastante complicado. Acho que é uma coisa que deve ser revista”, avaliou Maggi, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (22), antes de vistoria da obra do novo Pronto-Socorro de Cuiabá.

“O candidato Bolsonaro defende a junção de ministérios. Eu estou lá na Agricultura e não teria condições de coordenar dois ministérios tão grandes e, de certa forma, em alguns momentos, antagônicos. Porém, as suas políticas devem ser comuns no final”, disse.

Além disso, Maggi considerou as atividades finalísticas das duas pastas bastante diferentes. “Como é o que o ministro da Agricultura, que normalmente vem do campo, vai definir questões de licenciamento ambiental de plataformas de petróleo em alto-mar no pré-sal? Como vai licenciar usina termoelétrica nuclear? Embora tenha o Ibama, no final quem tem que sentar lá é o ministro”, argumentou.

Maggi, que é senador licenciado, está no comando do ministério desde o início do governo de Michel Temer (MDB), em maio de 2016. Ele descartou continuar no cargo, pois tanto Bolsonaro quanto Fernando Haddad (PT) são oposição ao atual governo. No entanto, disse que espera que a próxima gestão continue trabalhos que ele implementou, como o processo de desburocratização da pasta.

“É fora de cogitação. Entendo que somos um governo sendo substituídos pela oposição, independente de ser Haddad ou Bolsonaro, pois os dois são oposição a esse governo. É extremamente difícil dar sequância a um trabalho no ministério em um governo de oposição. Não é impossível, mas não é normal nem trivial”, disse.

Com o governo chegando ao fim em dezembro e o mandato de senador em janeiro, ele disse que não tem planos de continuar em Brasília, exercendo cargos públicos. No ano que vem, pretende retomar seus negócios em Cuiabá e tem planos também de viajar “para mostrar que Mato Grosso é um estado altamente viável”, apesar da crise financeira no caixa do governo.

“É um momento de desequilíbrio de fluxo de caixa neste Estado, e não tenho dúvida de que, mais à frente, tudo isso vai se ajeitar e Mato Grosso será o Estado que desejamos, um Estado rico, mas que todos participem disso, com benefícios sociais”, disse.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes