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Mãe que lutava contra doença rara do filho morre quatro meses depois dele

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Mãe que lutava contra doença rara do filho morre quatro meses depois dele

A mãe do jovem Sérgio Luiz Ferreira da Silva, conhecido como Serginho, morreu nessa quarta-feira (07) em Cuiabá. Rita de Cássia cuidou incansavelmente de seu filho por 20 anos e, após o adeus ao menino, que faleceu no dia 1º de julho deste ano, ela teria perdido a vontade de viver.

A família ficou conhecida porque Serginho travava uma longa batalha contra a doença chamada epidermólise bolhosa, considerada rara e complexa. Em uma publicação no Facebook, uma amiga da família divulgou a morte, chamando a Rita e ao filho de “guerreiros”.

“Com a morte do filho, em julho, ela perdeu a vontade de viver, já não tinha mais a pessoa que dependia dos seus cuidados e do seu amor”, disse a amiga.

Segundo a publicação, após a morte do filho, a saúde de Rita ficou debilitada e precisou ela mesma de uma internação hospitalar, no isolamento, “que, infelizmente, não aconteceu devido à precariedade de nosso sistema de saúde”, escreveu a amiga.

Rita, uma guerreira que lutou pela saúde do filho a vida toda, agora, enfim, descansará junto a seu menino.

Lição de vida

Serginho, desde cedo, mostrou-se ser um grande sobrevivente: nasceu com uma doença genética rara e recebeu a sentença de apenas um mês de vida. Contrariando os médicos, cresceu, lutou e inspirou muita gente, por meio de diversas palestras motivacionais. O menino nunca chegou a andar. Saiu do carrinho de bebê para uma cadeira de rodas e teve seu desenvolvimento afetado – e mesmo com sua doença, que causa a descamação da pele e, por consequência, maior sensibilidade, não se deixava esmorecer. Era fonte de alegria para quem o cercava.

A história do menino também é marcada por solidariedade. Em razão das condições da família, Serginho, sempre querido na vizinhança, contava com ajuda da população para a aquisição de medicamentos e custeio de tratamentos. Serginho chegou a ser atendido em um hospital de São Paulo, onde fazia radioterapia. No entanto, o alto valor do tratamento fez com que a família precisasse continuá-lo no Hospital Júlio Müller, em Cuiabá.

Em razão de um tumor no joelho, Serginho chegou a ter uma das pernas amputadas no ano passado. O momento trouxe tristeza. Mesmo sem nunca ter andado, ele sentia falta da perna, mas sabia que era o melhor, já que o membro lhe trazia dor. Em diversas entrevistas, Serginho se dizia grato pela solidariedade das pessoas. Dizia ser um garoto feliz e querido.

Ele morreu no dia 1º de julho, depois de ter complicações e ser internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Júlio Müller, e não resistir.

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