O sonho de uma jovem de 21 anos de se tornar mãe acabou virando caso de polícia, onde ela registrou boletim de ocorrência contra o hospital no qual fez o parto. O caso aconteceu no município de Nortelândia (230 km de Cuiabá) na segunda-feira (13). Ela acusa o hospital de negligência. A unidade médica, por sua vez, disse que aguarda o laudo médico para se pronunciar.
Conforme relatou Adrielly Silva aos militares, ela estava grávida de seis meses e, ao sentir fortes dores, procurou o Hospital Municipal de Nortelândia. Lá foi recebida por uma médica plantonista que, ao examiná-la, deu o diagnóstico de infecção urinária. Adrielly, então, recebeu um medicamento em gotas e um receituário para compra de remédios. Segundo ela, o medicamento seria para adiar o parto.
Depois que recebeu alta, Adrielly tornou a sentir fortes dores. Eram contrações uterinas que a levaram a, novamente, procurar o Hospital Municipal. Na unidade, foi novamente recebida pela médica plantonista. Dessa vez, porém, o atendimento foi outro.
Adrielly contou que foi levada por uma enfermeira para uma sala na qual a profissional fez um toque intravaginal. No exame, percebeu a dilatação e chamou a médica plantonista, que realizou o parto da criança.
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Segundo a mãe, o bebê precisou passar por um procedimento de ressuscitação logo quando nasceu. A médica teria informado que “faria o possível para salvar a vida do bebê”.
O caso denunciado por Adrielly, no entanto, aconteceu logo em seguida, quando ela foi informada de que o recém-nascido precisaria ser transferido para um hospital melhor equipado, que seria o de Tangará da Serra. Na ocasião, funcionários do hospital pediram que ela indicasse uma pessoa para acompanhar o bebê na ambulância. O bebê, porém, acabou indo sem acompanhamento.
Ainda no hospital de Nortelândia, Adrielly recebeu a ligação de um dos médicos do Hospital Municipal de Tangará da Serra. Pelo telefone, ele deu a triste notícia de que a criança não havia sobrevivido.
Segundo ela contou na delegacia, o médico chegou a afirmar que a causa da morte teria sido erro durante o parto. Disse ainda que o transporte do bebê não foi feito de forma adequada. A mulher alega que a criança foi transferida dentro de uma banheira.
Procurada, a diretoria do Hospital Municipal de Nortelândia informou que aguarda o resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) para se pronunciar sobre o caso.
