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Mãe denuncia erro médico após morte de recém-nascido no HGU; hospital nega

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Mãe denuncia erro médico após morte de recém-nascido no HGU; hospital nega
Hospital Geral Universitário (Foto: Reprodução)

Um caso triste veio à tona nessa segunda-feira (23), quando a jovem Luana Lacerda Pinto, de 21 anos, denunciou que a morte seu filho recém-nascido, Pedro Henrique Lacerda, que permaneceu 13 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, teria sido erro médico. Ela acusa o hospital de negligência e violência obstétrica, mas a unidade médica nega e reforça que seguiu protocolos.

Luana deu entrada no hospital no dia 7 de julho, por volta das 2h30. Em um quarto na ala de obstetrícia, permaneceu até as 15h20, quando foi feito o parto. Segundo contou, durante toda a espera de mais de 10 horas em trabalho de parto, ela chamou pela equipe médica diversas vezes, relatando dores e a ausência de dilatação. No entanto, foi só na parte da tarde que a equipe confirmou que a mãe não tinha dilatação e que o coração do bebê já não tinha batimentos.

Às pressas, Luana foi levada para fazer uma cesariana de emergência, mas, segundo a irmã, Liane Lacerda, o bebê nasceu de parto normal, dentro da sala de cirurgia. Dalí, Pedro Henrique já foi encaminhado para a UTI Neonatal do HGU, onde permaneceu até o dia 20, quando não resistiu e morreu.

[featured_paragraph]Segundo a família, o laudo da morte do bebê cita, além de hemorragia pulmonar e asfixia grave, um rompimento uterino, que aconteceu quando Luana fez força para ter Pedro Henrique de parto normal. No entanto, a família também contesta a equipe médica. Disse que, em várias ocasiões, alertou os médicos de que Luana não poderia ter o bebê de parto normal, chegando a entregar todos os papéis do pré-natal que faziam o alerta. Mesmo assim, a mãe não recebeu o atendimento adequado.[/featured_paragraph]

Em nota, o Hospital Geral Universitário disse que seguiu todos os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que a paciente chegou a ter dilatação de até 10 cm, e que as contrações pararam “de forma abrupta e inesperada”. “A evolução durante todo o trabalho de parto ocorreu sem necessidade de qualquer intervenção externa da equipe de assistência, com a realização do acompanhamento médico e multiprofissional durante este processo”, diz trecho da nota.

O HGU finaliza descartando a possibilidade de erro médico e violência obstétrica. “O Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá prima há 76 anos pela qualidade da assistência obstétrica e neonatal, atendendo às recomendações de boas práticas na assistência ao parto, com atendimento humanizado, individualizado e multiprofissional do trabalho de parto, inexistindo qualquer possibilidade de violência médica”.

Outro caso
No ano passado, o HGU foi condenado pela Segunda Câmara do Tribunal de Justiça (TJMT) em razão de um suposto erro médico na hora do parto. Na ocasião, um bebê teve falta de oxigênio no cérebro durante o nascimento, em 2006, e ficou com sequelas permanentes. Pelo caso, o Hospital Geral indenizou a família em R$ 200 mil.

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