O líder sem-terra Carlos Antônio dos Santos, de 51 anos, morto na manhã desta quarta-feira (07) em frente a Prefeitura de Paranatinga, vinha recebendo ameaças de ‘fazendeiros’ da região. A informação foi confirmada pela reportagem do LIVRE.
O militante Wendell Girotto do movimento 3 de Outubro afirmou que Carlos Antônio dos Santos atuava na região de Santiago do Norte, e que o assentamento em que ele vivia foi criado em novembro do ano passado. A área é bastante conflituosa por conta dos problemas de posse na região. Segundo ele, um grupo reclamava a propriedade das terras tomadas pelos assentados ligados a Carlos.
“O que a gente sabe é que não só ele, os outros trabalhadores também vinham sendo ameaçados desde que as terras foram ocupadas. E tudo fica pior neste período em que os fazendeiros abandonam o discurso de ódio para agir. Mais um trabalhador que perdemos”, comentou Girotto.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) diz não ter sido informada sobre o óbito, nem quais foram as motivações do crime. A Polícia Judiciária Civil afirmou que a morte de Carlos já está sendo investigada.