O processo de licitação das linhas de ônibus de Cuiabá voltou a ser alvo de críticas após dois ônibus da Caribus, uma das empresas habilitadas a concorrer, pegar fogo na região metropolitana.
Conforme o vereador Diego Guimarães, a situação é preocupante, uma vez que os incêndios resultaram das condições dos veículos e não de atos de vandalismo.
“Se o motor está ruim, imagina como está o interior o coletivo, onde ficam as pessoas?”, questionou Magalhães na tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá nesta quinta-feira (12).
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Durante a sessão, o vereador pediu ainda que os colegas assinem um ofício, solicitando que a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) exclua a empresa da lista de habilitadas.
Guimarães acusa ainda o edital de estar viciado e de favorecer apenas as empresas que já atuavam em Cuiabá. Segundo ele, elas apenas mudaram o nome e o CNPJ para conseguir as certidões negativas exigidas, entre elas a de débitos.
O resultado da licitação do transporte coletivo em Cuiabá será conhecido daqui há 8 dias e em cada um dos lotes ofertados tem uma única empresa interessada.
No rol de habilitadas, estão a Viação Paranaense, Rápido Cuiabá, Caribus Transporte e Integração Transporte.
Elas já passaram pela fase de análise de documentos. Depois, superaram a análise técnica e agora, passam pela avaliação financeira, que inclui a apresentação dos investimentos.
Outro lado
O diretor da empresa Caribus, Sérgio Iglesias Borges, informou que não teve acesso às críticas do vereador e por isto não irá comentar o assunto.
Com relação aos veículos incendiados, ele assegurou que os mesmos estão passando por uma perícia independente para apurar as circunstâncias e possíveis causas do ocorrido.
A assessoria da Semob informou, por meio de nota oficial, que os incêndios nos ônibus não impedem a empresa de participar das licitações e que o processo de concorrência segue conforme as regras estabelecidas em lei.
Veja nota na íntegra:
A respeito do incidente registrado, a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) informa que:
– Isso não impede que a empresa participe da licitação.
– Para que possam participar do trâmite, as empresas interessadas não podem estar registradas no Cadastro das Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis), critério atendido pela empresa mencionada.
– O castrado é feito pela Controladoria Geral da União e está disponível no Portal da Transparência do Governo Federal.
-Além disso, as empresas devem comprovar, ao longo do processo, capacidade técnica para atender às exigências do edital.