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Lançado há quase um ano, selo da carne ainda está no papel

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Lançado há quase um ano, selo da carne ainda está no papel

Gcom/MT

Selo Pedro Taques

 

Apresentado no início de março de 2016 como o principal produto do Instituto da Carne Mato-grossense (Imac) para produtores, parceiros e imprensa, o selo “Carne de Mato Grosso” segue sendo apenas um projeto. À época do lançamento, o governador Pedro Taques (PSDB) comemorou o feito e ressaltou que o Estado passava a ter o sexto instituto do segmento no mundo.

Apenas os Estados Unidos, Uruguai, Argentina, Austrália e Nova Zelândia possuem organizações semelhantes. O governador provavelmente não contava com a lentidão e burocracia do setor.

Dos 22 frigoríficos que estão em funcionamento no estado, apenas um está em processo de instalação das balanças de precisão balizadas pelo IMAC. Trata-se da unidade da Marfrig, em Tangará da Serra, que hoje abate 1.200 animais por dia.

“A instalação da balança é de responsabilidade do frigorífico, após a compra e instalação deverá ceder a operação para o Imac, mas a participação é voluntária”, explicou o presidente do Imac, Luciano Vacari.

Além disso, cada unidade deve atender requisitos como a rastreabilidade feita por meio da Guia de Trânsito Animal (GTA), o cumprimento de indicadores socioambientais, estar inscrita na Cadastro Ambiental Rural (CAR) e no sistema estadual de pesagem.

A intenção do Instituto é que 100% dos animais abatidos aqui sejam identificados com o selo, podendo atingir entre 1,5 milhão a 2 milhões animais por ano certificados.

Em dezembro de 2016, Taques anunciou que a primeira “leva” de carne identificada com selo seria estaria nas gôndolas dos supermercados e do no mercado internacional em fevereiro.

A nova previsão é que as primeiras remessas de carne com selo Imac sejam entregues entre março e abril deste ano, conforme informou o diretor de operações do Imac, Wagner Bacchi.

Enquanto o selo não sai, Bacchi alega que o Instituto faz trabalhos paralelos e está em contato com universidades e com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com objetivo de promover pesquisas que auxiliem o produtor e o consumidor na tomada de decisão. “Esperamos atingir os mais exigentes mercados compradores de carne, nacionais e internacionais”, destaca.

Atualmente o estado é o segundo maior exportador de carne bovina do país, com 276 milhões de toneladas equivalente carcaça (TEC) comercializadas em mais de 18 países e detém o maior rebanho do país com 30,2 milhões de cabeças, segundo censo realizado no final de 2016.

Sobre o Imac

O Instituto de Carne Mato-grossense é um Serviço Social Autônomo, de interesse coletivo e de utilidade pública. Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), possui entre suas fontes de receita recursos provenientes de convênios, acordos e contratos celebrados com entidades, organizações e empresas, públicas ou privadas, contribuições de pessoas jurídicas de direito público e privado, entre outros.  O Conselho Deliberativo é composto por membros que representam da indústria frigorífica (Sindifrigo), os produtores (Acrimat) e do Governo do Estado.

Criação do Imac

A ideia para criação do Imac surgiu em outubro de 2015, durante viagem do governador Pedro Taques ao Uruguai para participar do Seminário Internacional Democracia e Liberdade de Expressão, organizado pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais do Brasil). Na oportunidade, Taques conheceu o Instituto Nacional de Carnes do Governo (INAC) para controle de peso do gado.

Lá, a implantação e manutenção do sistema é de responsabilidade do governo uruguaio que recebe as informações online instantaneamente, além de ter maior controle de toda a carne produzida no País. A criação do INAC permitiu ao Uruguai um controle preciso sobre a arrecadação, eliminando a sonegação e garantindo melhor controle sobre a cadeia da carne (bovina, ovina, suína, etc.).

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