Cidades

Laboratório de MT procura pacientes curados que possam doar plasma para tratar a covid

O projeto ainda não foi liberado pela Anvisa, mas pesquisadores já estão catalogando os interessados em ajudar

2 minutos de leitura
Laboratório de MT procura pacientes curados que possam doar plasma para tratar a covid
(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemosan) está em busca de pacientes que se curaram da covid-19 e tenham interesse em doar plasma sanguíneo para o tratamento de outras pessoas infectadas pelo novo coronavírus em Mato Grosso.

O projeto ainda aguarda aprovação do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, a equipe envolvida na proposta já começou a catalogar possíveis doadores.

Para se candidatar é preciso apresentar o resultado de um exame positivo para covid-19, ter passados pelos 14 dias de tratamento e não ter mais sintomas. Um teste negativo, que comprove a cura, também é necessário. 

Os pesquisadores exigem ainda que os doadores sejam todos do sexto masculino e não tenham nenhuma doença que os enquadre no grupo de risco ou os impeça de doar sangue.

“As coletas e transfusões só serão feitas depois que o projeto for aprovado pela Anvisa. Mas quem tiver interesse em fazer parte deste estudo pode entrar em contato com o Hemosan, que nós vamos fazer os agendamentos para triagem”, explica a médica Paloma Borges dos Santos Valk.

O tratamento

O plasma é a parte líquida do sangue e o tratamento de pacientes com essa substância já foi usado com sucesso em outros surtos de infecção respiratória. Um exemplo disso foi durante a pandemia de H1N1, entre 2009 e 2010.

O médico André Crepaldi lembra que ainda não existe um tratamento comprovado que cure a covid-19. Mas ressalta que o tratamento com plasma pode ajudar a amenizar os sintomas, o que significa menos pacientes com um quadro grave da doença.

“Esse tratamento busca a diminuição dos sintomas da infecção e da carga viral no organismo, resultando em uma menor utilização de leitos de UTIs”.

O procedimento consiste na transfusão do plasma de um paciente curado para um  infectado. Espera-se, então, que os anticorpos presentes no plasma forneçam imunidade às pessoas com a doença.

Ainda não é possível dizer se o resultado contra o coronavírus será positivo. Mas especialistas de vários países estão testando essa possibilidade.

(Com Assessoria)

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