O empresário Kennedy Sales lançou oficialmente a sua candidatura à presidência da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), com discurso crítico ao atual presidente, Jandir José Milan. Segundo ele, o atual mandatário da federação não cumpre os requisitos para estar no posto.
“Para sentar nessa cadeira é importante que o empresário não tenha negócios com o governo. Como você vai negociar melhoras na indústria se você está na lista dos ‘restos a pagar’ da administração pública?”, questionou.
Kennedy é proprietário de empresas nas áreas energética, de reciclagem, de tintas, entre outras. Seu conglomerado está presente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, outros estados brasileiros e até no Paraguai.
Milan, por sua vez, atua no setor moveleiro e tem no Governo do Estado um dos seus principais clientes.
Disputa
Kennedy encabeça a Chapa 2, que se lançou com o mote de “renovação e independência”. Esta é a primeira vez em décadas que uma chapa de oposição à gestão corrente se viabiliza. Dessa forma, rompe-se uma tradição de continuidade da gestão da Fiemt.
“Nos últimos quarenta anos, está é a primeira vez que a Fiemt tem duas chapas”, disse, no discurso de lançamento da sua candidatura. “Queremos defender todos os interesses da indústrias. Hoje a carga tributária é abusiva e não vejo nenhum esforço para mudar isso”.
O lançamento, no entanto, ocorreu em meio a guerras jurídicas internas. A chapa do atual presidente entrou na justiça contra a chapa de Kennedy, o que foi respondido com expediente semelhante.
“Se alguém rasgou o estatuto (da Fiemt) não fomos nós”, comentou o industrial.
A chapa que prega continuidade da atual gestão lançou o ex-secretário de Fazenda do governo de Pedro Taques (PSDB), Gustavo de Oliveira, para suceder Jandir Milan que, por sua vez, sucedeu no cargo o agora pré-candidato ao governo, Mauro Mendes (DEM).
A eleição para escolha da nova diretoria da Fiemt está prevista para ocorrer no próximo mês de agosto.