Ednilson Aguiar/O Livre
Emanuel Pinheiro e Justino Malheiros: ambos querem o fim de CPI
Uma manobra do presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Justino Malheiros, pôs fim à fase de oitivas da CPI do Paletó, que investiga a quebra de decoro e obstrução de Justiça do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Agora a CPI caminha para a fase de confecção de relatório final, que está a cargo do vereador Adevair Cabral (PSDB). Tanto Adevair, quanto Justino Malheiros, são aliados do prefeito Emanuel Pinheiro.
O requerimento pedindo o encerramento da fase de oitivas foi votado nesta sexta-feira (09) e teve votos favoráveis de Adevair Cabral e de Mário Nadaf (PV). Ambos se disseram “satisfeitos” com os quatro depoimentos tomados até aqui: do ex-chefe de gabinete Sílvio Corrêa, do ex-secretário Alan Zanatta, do ex-governador Silval Barbosa e do servidor da Assembleia, Valdecir Cardoso.
Já o presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB), foi voto vencido. Segundo ele, depoimentos importantes, como o do ex-deputado José Riva, poderiam fornecer detalhes do que o ex-governador Silval Barbosa chamou de “esquema de pagamentos de mensalinho” na Assembleia Legislativa, na época em que Emanuel e o próprio Riva eram deputados estaduais.
Segundo Silval, o Governo do Estado repassava dinheiro de propina a José Riva, que o redistribuía aos deputados. Em depoimento à CPI, Silval disse que o atual prefeito de Cuiabá era um dos beneficiários.
Outro depoimento que deixará de ser dado é o do próprio prefeito Emanuel Pinheiro.
Como não acredita na isenção do vereador Adevair Cabral, Marcelo Bussiki anunciou, durante a reunião da CPI desta sexta-feira, que fará um relatório próprio sobre as investigações.