A Justiça de Mato Grosso julgou improcedente um pedido de indenização feito por uma mulher de 67 anos abordada na porta de um supermercado logo após concluir suas compras. No processo, ela alegava que foi acusada de furtar um amaciante, embora tivesse pagado pelo produto.
O fato teria ocorrido no supermercado RB, da rede Serve Mais, localizado no bairro Ipase, em Várzea Grande (Região Metropolitana de Cuiabá). A empresa, entretanto, conseguiu provar que a funcionária que supostamente acusou a mulher, na realidade, só a abordou para oferecer uma sacola plástica. A cliente estava saindo do estabelecimento com o amaciante nas mãos.
A sentença foi proferida pela juíza leiga Fabiana Menezes de Carvalho e homologada pelo juiz de Direito João Bosco Soares da Silva. Nela, é descrito que uma testemunha viu quando a mulher saiu do estabelecimento com o produto em mãos e foi abordada pela funcionária.
A decisão ressalta ainda que a própria mulher reconheceu que saiu do supermercado sem ter colocado o produto em uma sacola. Para justificar o pedido de indenização pelo suposto constrangimento, ela argumentou que “faz uso de medicamentos e que por já ter sido vítima de assaltos entrou em choque quando foi abordada pela funcionária”.
Para a Justiça, todavia, não ficou configurado o constrangimento público alegado, tendo em vista que a mulher “não comprovou que tenha sido acusada de roubo pela funcionária” e que o simples fato de ela alegar que foi “não garante, por si só a certeza do que sustenta”.
O caso transitou em julgado na última terça-feira (9), ou seja, não cabe mais recurso de nenhuma das partes envolvidas.
