A Justiça Federal em Mato Grosso determinou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) mantenha, permanentemente, uma equipe de fiscalização na área da Terra Indígena Piripkura, para impedir o ingresso e a permanência de não-índios no território.
Lá vivem em isolamento voluntários Tamandua e Baita, os dois últimos indígenas do Povo Piripkura. Os dois índios são sobreviventes de um massacre na década de 1980.
A área que eles habitam ocupa os municípios de Colniza e Rondolândia, distantes 1.065 e 1.600 km de Cuiabá, respectivamente.
O problema é que a área não está demarcada. O território é protegido apenas por medida de restrição de uso, que é um instrumento colocado à disposição da Funai para o resguardo de indígenas em isolamento voluntário.
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Ameaça
Da floresta de 243 mil hectares, Tamandua e Baita tiram tudo o que precisam para viver. Mas uma área de 227 hectares dentro da reserva foi desmatada. Segundo a Justiça Federal, existem 60.958 ha registrados no CAR sobrepostos à TI Piripikura.
Além disso, a área já acumulou 9.879 hectares em desmatamento, ou seja, 4% do seu território. Foram dois períodos intensos de desmatamento, em 2009 e 2015, quando registrou as maiores taxas.
(Com Assessoria)