Judiciário

Justiça Federal aceita denúncia contra grupo acusado de extrair e vender ouro ilegalmente

MPF denunciou 13 pessoas pela comercialização do ouro tirado de MT e enviado para Europa

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Justiça Federal aceita denúncia contra grupo acusado de extrair e vender ouro ilegalmente
(Foto: Arquivo)

A Justiça Federal aceitou a denúncia contra 13 pessoas acusadas de extrair e comercializar ouro de maneira ilegal. Conforme as investigações que resultaram na operação Céu Dourado, o ouro era retirado de Mato Grosso e enviado para a Itália.

O grupo foi denunciado por formar uma organização criminosa para a prática de receptação qualificada, extração, transporte e comercialização de ouro sem título minerário, e também por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Bruno Cecchini seria o líder da organização criminosa que adquiriu, vendeu, processou, transportou e exportou ouro ilegal. Ou seja, sem autorização legal do órgão minerário da União e sem licenciamento ambiental válido.

A Promotoria Federal indica ainda que o grupo teria inserido informações falsas em notas fiscais.

“[…] e formalizado um contrato de parceria para exploração minerária “ideologicamente falso a fim de camuflar a origem ilícita do ouro. Além disso, o grupo ocultou/dissimulou a natureza, a origem e a movimentação de bens, direitos e valores provenientes desses crimes”, complementa.

Além de Bruno, também foram denunciados: Júlia Leão Cecchini,  Bruna Layane Carvalho Cecchini, José Celso Rodrigues Silva, Adriano Aguiar de Castro, Creudevaldo Birtche, Wilson Ribeiro Filho, Willian Ribeiro, Gioacomo Dogi, Mauro Dogi, Luiz Alberto Madruga Vargas, Iva Pedreira Ribeiro e Wilson Ribeiro.

A denúncia foi recebida pelo juiz federal Eduardo Ribeiro de Oliveira, substituto respondendo pela 11ª Vara, em Goiânia. A decisão foi proferida em 20 de junho, mas ganhou publicidade apenas nesta semana.

Céu Dourado

Em outubro de 2019, a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar o comércio ilegal de ouro. À época, 26 ordens judiciais foram expedidas, sendo 24 de busca e apreensão, além de sequestros de aeronaves.

As investigações começaram após uma apreensão de 110 quilos de ouro, avaliados em R$ 20 milhões de reais, em 10 de junho daquele ano, no aeroporto de Goiânia.

O trabalho policial detectou indícios da participação de empresas na emissão de notas fiscais falsas com o intuito de acobertarem a origem ilegal do ouro. A extração aconteceria em garimpos de Mato Grosso.

Ficou constatado ainda que apesar de uma das empresas envolvidas atuar na exportação de ouro para a Europa, não há registro de comércio exterior em seu nome.

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