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Justiça congela R$ 27 milhões de envolvidos na Operação Bereré

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Justiça congela R$ 27 milhões de envolvidos na Operação Bereré

Ednilson Aguiar/O Livre

Deputado estadual Eduardo Botelho

O desembargador José Zuquim Nogueira, responsável no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) pela operação Bereré, decretou o sequestro de até R$ 27 milhões dos alvos da ação. Entre os nomes envolvidos, estão o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSB) e o deputado Mauro Savi (PSB).

A decisão foi tomada na tarde da última quarta-feira (28), a pedido do Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MPE-MT). De acordo com Zuquim, a medida é amparada na necessidade “garantir o ressarcimento de eventuais prejuízos causados ao Erário ou, ainda, o resguardo do bem para a destinação legal cabível”, disse o juiz, em trecho da decisão.

A decisão visa garantir o ressarcimento de eventuais prejuízos causados ao Erário ou, ainda, o resguardo do bem para a destinação legal cabível, disse o juiz na decisão

A operação visa ao combate de uma suposta organização criminosa que montou esquemas de desvio de recursos no Detran-MT durante o período em que Teodoro Lopes era presidente da autarquia. Teodoro, o Doia, delatou o suposto esquema que envolvia o superfaturamento na compra de lacres para placas no órgão que, posteriormente, eram redistribuídos entre agentes do esquema. 

Além dos deputados, também foram alvo do congelamento de bens o condenado no escândalo do Mensalão Pedro Henry Net, Marcelo da Costa e Silva, Antônio Eduardo da Costa e Silva, Claudemir Pereira dos Santos, Dauton Luiz Santos Vasconcellos, Roque Anildo Reinheimer, Merison Marcos Amaro, José Henrique Ferreira Gonçalves, José Ferreira Gonçalves Neto, Gladis Polia Reinheimer, Janaina Pollà Reinhéimer e Juliana Polia Reinheimer.

Além deles, as empresas FDL – Serviços de Registro Cadastro, Informatização e .Certificação’ de’ Documentos Ltda., atualmente EIG – Mercados, Santos Treinamento e Capacitação de Pessoal Ltda., além da União Transporte e Turismo Ltda – essa última de propriedade da família Botelho.

Na sua decisão, Zuquim afirma que os requisitos para a medida são a presença de indícios de responsabilidade e a indicação dos bens sobre os quais deverá recair a medida. “Estes foram devidamente demonstrados pelo Ministério Publico”, conclui o magistrado. 

Operacão 

O desembargador José Zuquim Nogueira negou, na época da operação, o pedido do Ministério Público Estadual (MPE-MT) que solicitava a prisão temporária do presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSB), do deputado Mauro Savi (PSB), do ex-deputado Pedro Henry e também do filho do ex-secretário de Estado Eder Moraes Dias.

Teodoro delatou o suposto esquema que envolvia o superfaturamento na compra de lacres para placas no órgão que, posteriormente, eram redistribuídos entre agentes do esquema. Dentro desse esquema, uma parte do lucro iria para o deputado Mauro Savi, ainda no governo de Silval Barbosa (MDB). No governo de Pedro Taques (PSDB) o esquema teria sido descontinuado. 

A operação foi realizada quase três anos após a delação ter sido iniciada. Botelho, como informou o LIVRE, atribuiu ao governador Pedro Taques a culpa pela operação. 

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