A Justiça Federal determinou o afastamento imediato de um servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) acusado de ter levado uma mulher a força para um motel, em Confresa (1.165 km de Cuiabá), durante seu horário de trabalho.
A ação civil pública que resultou na decisão liminar foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF), que argumenta que o servidor cometeu ato de improbidade administrativa, “maculando a imagem da administração pública perante a sociedade”.
O crime de assédio ocorreu no dia 27 de julho deste ano. A vítima, que preferiu não se identificar, concedeu entrevista dois dias depois ao site Repórter Agro.
Na entrevista, a mulher – que é empresária – disse que foi em seu carro, junto com o servidor do Incra, até o cartório de Porto Alegre do Norte, resolver questões relacionadas a trabalho. Na volta, o homem teria pegado a chave do carro e insistido para que ele dirigesse.
Ainda no caminho, segundo o relato da vítima ao site, o servidor do Incra tocou suas coxas e fez comentários sobre a existência de moteis em Confresa. Chegando na cidade, então, ele entrou dentro de um desses estabelecimentos, sem o concentimento da mulher.
Ela afirma que se recusou a descer do carro e, enquanto ele entrava no quarto, ligou para um amigo e para seu marido, em busca de socorro. Somente após muita insistência – e notando a resistência da vítima – o homem aceitou ir embora.
Ao chegarem na cidade, o marido da vítima espera a dupla. Ele e o servidor do Incra acabaram entrando em luta corporal e o caso foi parar na delegacia. Ambos registraram boletins de ocorrência sobre o ocorrido.