Mato Grosso

Justiça adverte militar envolvido em grampos ilegais para não violar tornozeleira

2 minutos de leitura
Justiça adverte militar envolvido em grampos ilegais para não violar tornozeleira
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O juiz da 11ª Vara Especializada da Justiça Militar, Murilo Mesquita, advertiu o coronel Evandro Lesco para evitar novas violações na tornozeleira eletrônica em que usa. O militar é um dos envolvidos no caso dos grampos ilegais, conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

A advertência do magistrado se deu após Lesco comunicar falhas técnicas em sua tornozeleira eletrônica, alegando “bateria baixa”. A Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) corrigiu o erro, mas informou à Justiça que o militar havia cometido outras violações.

Apesar de o juiz aceitar a justificativa do militar, por considerar que ele se antecipou em comunicar o problema ocorrido, ele destacou que Lesco pode ser punido caso novas violações sejam registradas.

“Outrossim, cientifique-se o réu acerca da necessidade do estrito cumprimento das medidas cautelares impostas, advertindo-o para que as violações registradas no relatório de fls. 28/31 não mais ocorram”, conforme trecho do despacho do magistrado publicado em Diário de Justiça.

Grampolândia Pantaneira

Além de Evandro Lesco, são réus o cabo Gerson Correa Junior, os coronéis Zaqueu Baborsa e Ronelson Barros e o tenente-coronel Januário Batista. Os cinco policiais militares são acusados de terem participado do esquema criminoso.

caso dos grampos ilegais, ocorridos no governo Pedro Taques (PSDB), resultou em 13 pessoas presas, quatro secretários exonerados, nove inquéritos criminais e três crises institucionais.

Dois processos sobre o caso correm de forma independente. A Justiça Estadual julga os policiais militares e outro processo está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) desde outubro, quando o ministro Mauro Campbell Marques tirou o caso do Tribunal de Justiça (TJ), onde o desembargador Orlando Perri era relator.

Estopim

O caso dos grampos ilegais só veio à tona com a denúncia do promotor Mauro Zaque, motivado por desentendimentos pessoais. Zaque afirmou ter recebido uma denúncia anônima e alertado o governador sobre os grampos por diversas vezes, desde outubro de 2015 – uma delas usando uma apresentação em PowerPoint, acompanhado do adjunto da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e também promotor Fabio Galindo.

Pedro Taques admitiu que Zaque avisou sobre os grampos, mas disse que considerou as denúncias como “fofoca”. Segundo o governador, o ex-amigo se rebelou porque ele se recusou a exonerar Zaqueu Barbosa do comando-geral da PM em 2015, quando Zaque era secretário de Segurança Pública, e a nomear José Antonio Borges como procurador-geral de Justiça, em 2017, quando o promotor não fazia mais parte do secretariado.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes