Dos R$ 45,9 milhões necessários para ressarcir os cofres públicos, a Justiça de Mato Grosso conseguiu bloquear apenas R$ 6,76 nas contas bancárias do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo.
O pedido de bloqueio foi feito pelo Ministério Público de Mato Grosso, diante do fato de Sérgio Ricardo ter sido acusado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa de receber propina mensal de R$ 50 mil.
Os valores indevidos teriam sido repassados a ele pelo período de 10 anos, enquanto exerceu o mandato de deputado estadual.
O valor que favoreceu Sérgio Ricardo corresponderia a R$ 10,8 milhões, mas com as devidas atualizações salta para R$ 45,9 milhões.
O pagamento de propina aos deputados era conduzido pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, com dinheiro público desviado do próprio Legislativo em contratos mantidos com empreiteiras, empresas gráficas e do setor de tecnologia da informação, segundo a denúncia.
Para firmar contratos as empresas privadas se comprometiam a devolver 15% a 25% dos valores que lhes eram pagos e de 30% a 50% nos aditivos.