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Juros futuros fecham em baixa, em linha com câmbio e exterior mais calmo

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Juros futuros fecham em baixa, em linha com câmbio e exterior mais calmo

Ednilson Aguiar/O Livre

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Os juros futuros fecharam o dia em queda, que foi mais expressiva nos contratos de longo prazo, justamente os que haviam subido com força na última sessão. O movimento esteve relacionado ao ambiente externo relativamente calmo nesta segunda-feira, 6, e que trouxe alívio para ativos de economias emergentes, com destaque para o segmento de moedas. O dólar esteve em queda generalizada, voltando a ser negociado abaixo de R$ 3,30, favorecendo a correção das taxas longas.

Ao final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou com taxa de 7,29%, de 7,30% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,54% para 8,47%. A taxa do DI para janeiro de 2021 fechou na mínima de 9,28%, de 9,41%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 10,02%, de 10,17%.

Com a agenda tanto aqui quanto lá fora foi esvaziada, assim como o noticiário sem destaques, o câmbio acabou sendo o principal parâmetro. “A queda de mais de 1% do dólar (ante o real) está trazendo ajuste na parte longa da curva. As moedas ligadas a commodities estão sofrendo correção depois do tombo frente ao dólar na semana passada. Como o real foi a que mais se desvalorizou na semana passada, é natural que esse movimento acabe tendo uma variação maior”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O dólar à vista bateu sucessivas mínimas à tarde e os juros futuros acompanharam. Com a sessão regular já encerrada, a moeda continuou ampliando o recuo e, pouco antes do fechamento deste texto, às 16h33, tinha nova mínima de R$ 3,2572 (-1,46%).

Internamente, o mercado segue cético em relação à reforma da Previdência, mas, segundo o economista-chefe do Banestes, Eduardo Velho, há algum otimismo sobre a aprovação do pacote fiscal relacionado ao Orçamento de 2018. “Talvez o governo consiga aprovar, o sentimento é positivo. E não se pode descartar possibilidade de passar uma minirreforma da Previdência, mesmo que alguma coisa, via MP”, disse.

Outro foco do mercado é a eleição de 2018 e a perspectiva de vitória de um candidato reformista. Em artigo publicado neste domingo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirma que o PSDB, não passará de um coadjuvante na eleição presidencial se não anunciar, em convenção partidária prevista para dezembro, o desembarque formal do governo de Michel Temer.

Nesta segunda-feira, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, potencial candidato do partido à eleição, afirmou que “FHC age como estadista e sua palavra é sempre ouvida”.

(Com Agência Estado)

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