O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que as taxas de juros reais do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, com o desconto da inflação, devem variar de 3,5% a 4%. “Ainda são juros altos para a agricultura”, reconheceu, em painel durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, realizado em São Paulo. O Plano Safra para a temporada que começa em 1º de julho será anunciado no próximo dia 7 e deve contar com taxas de juros entre 7,5% e 11,75%, um ponto percentual abaixo do ciclo anterior.
Como o LIVRE antecipou, para reduzir a taxa de juros, o governo precisou apertar os prazos para pagamento dos empréstimos que serão oferecidos. Na linha de custeio, o período máximo passou de 24 meses para 14. No caso dos financiamentos, a redução foi de 15 anos para 12. Já o total a ser destinado para a Safra17/18 não deve variar muito dos R$ 185 bilhões ofertados no ciclo anterior. Nesta quarta, o presidente Michel Temer anunciou o Plano Safra da Agricultura Familiar para os próximos três anos, cujo montante ficou em R$ 30 bilhões.
Terras para estrangeiros
Maggi também voltou a afirmar que não vê “problema em abrir terras para estrangeiros”, ou seja, em liberar a venda. “Mas faço uma observação: devemos ter limites de volumes para isso. Não vejo dificuldades para culturas perenes. Já para as culturas de grãos, o governo quer impor limites, pois a decisão de plantar ou não é feita em poucos meses”, explicou.
Ainda segundo o ministro, a agricultura brasileira se beneficiaria da “abertura para outros financiadores” caso ocorra a liberação de venda de terras para estrangeiros. “No momento em que conseguirmos resolver o problema do seguro rural, reduziremos o risco. Traz investidores de fora. Nesse aspecto, a abertura de terras vai ajudar na questão de crédito”, concluiu.
(Com Agência Estado)
