Política

Júlio Campos, Barbudo e Medeiros disputam o apoio de Bolsonaro

Ex-governador, Júlio Campos vai a Brasília e, se não conseguir apoio, quer, no mínimo, neutralidade

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Júlio Campos, Barbudo e Medeiros disputam o apoio de Bolsonaro
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O ex-governador Júlio Campos (DEM), pré-candidato a vaga mato-grossense que será aberta no Senado, vai a Brasília esta semana para tentar o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao seu projeto.

Vai entrar em uma fila na qual já estão os deputados federais Nelson Barbudo (PSL) e José Medeiros (Podemos): a dos candidatos que querem as bênçãos do presidente.

“Somos amigos, fomos colegas de Congresso e eu até pedi voto para ele na campanha de 2018, pessoalmente e nas redes sociais”, sustenta.

Otimista, Júlio ainda é nome incerto dentro do próprio partido, o DEM, que também tem como opção para o Senado, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco.

A escolha entre os dois deve ocorrer em uma reunião marcada para 17 de fevereiro. Na oportunidade, a Executiva do partido em Mato Grosso pode decidir, inclusive, apoiar o nome de outra sigla, provavelmente o PDT, que tem o vice-governador Otaviano Pivetta como pré-candidato.

Fila de espera

Desde que foi aberta a possibilidade de uma eleição suplementar ao Senado, o presidente Jair Bolsonaro tem criado uma fila de espera de possíveis candidatos interessados em seu apoio.

Nelson Barbudo já fez o pedido, mas foi ignorado. Mesmo se declarando apoiador de primeira ordem do presidente, está deslocado no PSL, onde não tem respaldo nem das lideranças nacionais e regionais.

Barbudo tinha o sonho de ser o candidato pelo Aliança pelo Brasil, partido que está sendo fundado por Bolsonaro. Mas só podem concorrer à eleição de abril as siglas que tiverem, no mínimo, seis meses de existência.

O Aliança ainda sequer conseguiu reunir as cerca de 500 mil assinaturas que precisa para ser fundado.

O que conseguiu maior simpatia de Bolsonaro, até agora, foi o deputado José Medeiros, que já se reuniu duas vezes com o presidente para tratar do assunto. Além disso, recebeu uma ligação de Bolsonaro com o mesmo motivo.

Mas Medeiros se mantém reservado. Ele tem evitado expor o projeto, primeiro porque a senadora cassada Selma Arruda agora é filiada ao mesmo partido, o Podemos. Segundo, porque a juíza aposentada é amiga de Otaviano Pivetta e tem manifestado, nos bastidores, apoio ao vice-governador.

Pelo menos a neutralidade

Se não obtiver o apoio de Bolsonaro, Júlio Campos vai pedir, no mínimo, que o presidente fique neutro quanto à eleição suplementar.

A preocupação é que se repita (com outro candidato) o fenômeno eleitoral que conduziu Selma Arruda ao Senado, em 2018, com quase 700 mil votos.

É que, no fundo, Júlio sabe que não faz o perfil de “candidato raiz” que Bolsonaro gostaria de ter em Mato Grosso, caso o Aliança estivesse apto para disputar a vaga.

Um jeito bem mais “Medeiros de ser”, com atuação nas redes sociais, defendendo pautas de interesse da direita e do neoliberalismo econômico e atacando as correntes ideológicas contrárias ao governo.

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