A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, negou o pedido do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antônio Carvalho de Pôssas, para retornar ao cargo do qual foi afastado por indícios de fraude em licitação pública.
Conforme o advogado Francisco Faiad, que acompanha o processo, a juíza disse que o apontamento de falha em apuração da Operação Overpriced precisa ser melhor estudo.
A decisão é terça-feira (6).
No mesmo recurso, contudo, a juíza autorizou o desbloqueio de R$ 715 mil em bens e dinheiro de Luiz Antônio Carvalho de Pôssas. O valor indisponibilizado é referente ao prejuízo que o suposto superfaturamento teria causado aos cofres de Cuiabá.
Na petição protocolada na semana passada, a defesa de Pôssas afirma que a investigação da Overpriced se enganou na conferência de preços de compra do remédio ivermectina.
Na ordem de afastamento, a juíza Ana Cristina Mendes aponta que as investigações encontraram preços de R$ 11,90 e R$ 2,97 para o remédio nas compras emergenciais na pandemia, pela secretaria.
A hipótese de superfaturamento na licitação teria sido formulada com base nesses valores. Contudo, o primeiro valor corresponderia a uma caixa com quatro comprimidos e, o segundo, à unidade do comprimido.